terça-feira, fevereiro 28, 2006
Título original
Blu-Ray
A Sony Pictures espera comercializar os primeiros filmes em formato Blu-Ray a partir de 23 de Março, altura em que serão lançados os primeiros leitores compatíveis com esta tecnologia nos EUA.
A Sony e a MGM têm previsto apresentar em Março oito títulos em Blu-Ray, aos quais se somarão outros oito em Junho.
O preço destas películas em alta definição será entre 15% a 20% mais caro do que o actual DVD.
in DD
Blue Velvet (1986).
sábado, fevereiro 25, 2006
filmes de tv
Já não é a primeira vez que se verificam estas coincidências, mas acontecem mais entre canais concorrentes, o que aparenta ser meras coincidências...
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Experiências :: Auster
Quem é Paul Auster?
As respostas mais comuns diriam, um escritor norte-americano, um dos mais bem sucedidos e reconhecidos dos últimos anos. Eu direi, agora, é o homem que estive a ouvir até há cerca de 39 minutos. Como este é um espaço de partilha para mim próprio, e para quem queira ver, faço uma muito pequena síntese da experiência. (foto: DN)
Paul Auster filma em Portugal
É isso mesmo. Maravilhou muitas audiências e jornalistas há uns meses, quando esteve em Portugal. Paul Auster tem um novo projecto para um filme e, graças à "miséria em que está o cinema norte-americano" veio para Portugal para filmá-lo na integra. Foi exactamente há 9 meses, quando esteve em Portugal, que Paulo Branco e Paul Auster apalavraram este projecto, The Inner Life of Martin Frost.
Quem é Paul Auster. O homem que vi esta tarde é mais magro do que foi possível ver na televisão. Apesar de ter dinheiro, veste-se de uma forma muito casual. Sapatos bem normais e de uso prático, umas calças de ganga que lhe ficam largas, pela estrutura magra, uma camisola de lã simples, camisa e t-shirt. Tem as costas um pouco corcundas. Não é muito alto, mas também não é baixo. A cara é curiosa. Penteia o cabelo bem para trás e nota-se a idade. A cara parece ser mesmo aquilo que melhor o identifica, pelo menos na percepção que se tem dos seus livros e das suas entrevistas. Uns olhos muito "saídos", um nariz bicudo, uma testa que vai muito para trás. Tem uns olhos claramente experientes, mas também demonstram vícios, são pouco claros, algo esbatidos nas delimitações, mas sempre muito atentos e, quase, críticos com o que ouve e vê.
Quem é Paul Auster. Um dos pormenores foi a sua observação atenta de uma rapariga de televisão a colocar o microfone na mesa enquanto decorria a conferência. Ao contrário do que a maior parte das pessoas faria, Auster reparou com dedicação na rapariga a colocar o microfone, de joelhos, enquanto alguém fazia uma pergunta. Quando a rapariga algo "gordinha" vinha a sair, Auster não tirou os olhos do seu rabo arrebitado, e não deixou de esboçar um sorriso. Sem parecer ser um devaneio tarado, ele parece assim, interessado pelo pouco comum.
Quem é Paul Auster. Auster tem um à vontade impressionante. Tem o dom da palavra em público, algo pouco comum nos grandes escritores contemporâneos. Não é por acaso que já fez programas de rádio e dá palestras que fascinam. A sua voz grave, intensa e determinada ajuda ao comprovar o bom comunicador que é. Ao chegar, perguntou a todos os jornalistas, ou quase todos, de que órgãos de comunicação é que vinham. Fui o único a dizer, "free newspaper." É um homem, claramente, determinado e com posições vincadas. Como o próprio diz: "já vivi bastante e agora faço o que quero". É esse o exemplo do próprio filme anunciado, que irá ter em Auster um comandante, realizador, argumentistas, entre outros. Quando falei directamente com ele, mostrou-se sempre com pressa para ver onde as perguntas (poucas) iam dar. Tive tanta pena de não ter preparado nada... saiu-me tudo do ar...
Depois de falar comigo (fiz-lhe apenas duas perguntas, algo nervosas), Auster disse à Irene Jacob, "acho piada a estes jovens, a esforçarem-se por interessar".
O FILME
The Inner Life of Martin Frost
Na conferência desta tarde, para além de Paul Auster, estiveram presentes o produtor do filme, o português Paulo Branco, e a actriz francesa de Rouge, Irene Jacob, bem bonita, simpática e simples, por sinal. Sem tempo nem conhecimento para preparar nada, a não ser uma espreitadela rápida no IMDb, tanto o escritor deste blog, como a maior parte dos jornalistas, não iam muito bem preparados. Embora, os jornalistas mais experientes e de media mais dedicados ao cinema, tivessem preparado muito mais certos pormenores e conheçam bem a obra de Auster. Por isso, constrangido e conhecedor apenas das entrevistas fantásticas e do livro A Trilogia de Nova Iorque, lá estive.
Dados:
> Paul Auster realiza e escreve o argumento do filme inspirado no seu livro, O Livro das Ilusões.
> Todo o filme será rodado em Portugal, numa localidade perto de Lisboa. Mais precisamente numa casa, já escolhida mais ainda não garantida.
> O filme é norte-americano e não terá actores portugueses. São apenas quatro actores.
> A equipa será, quase toda portuguesa, a produção é do português Paulo Branco.
> A filha de Auster, Sophie, tem 18 anos, volta a ser dirigida num filme pelo pai, depois de Lulu on the Bridge. "Adoro trabalhar com ela, é uma boa actriz e esforçada. Damo-nos muito bem em filmagens", disse Auster na conferência.
> O filme começa a ser rodado a 8 de Maio, mas Auster e os actores já estão há quatro dias em Portugal, onde se manterão, na preparação. Cinco semanas será o tempo de rodagem previsto. A estreia deverá ser dentro de um ano, como prevê Auster.
> O filme é inspirado, em um terço, no livro de Auster.
> Auster considera a escrita de um livro e de um argumento coisas totalmente diferentes.
> O escritor diz-se o pior actor de todos os tempo e nunca consideraria ser actor num dos seus filmes. Teve uma experiência pequena mas má, e dá muito valor ao que os actores fazem.
História:
Martin Frost, um escritor americano de sucesso, acaba de publicar mais um livro e vai passar algum tempo sozinho numa casa de campo nos arredores de Nova Iorque (filmado em Portugal). Ao acordar nessa casa pela primeira vez, Frost descobre supreendido um misteriosa mulher deitada ao seu lado. Fascinado com a sua beleza e inteligência, Martin apaixona-se profundamente por ela e pensa ter encontrado a musa que o leva a escrever o seu melhor trabalho... O enredo do filme parte do romance O Livro das Ilusões, com referi. Esse mesmo livro inclui uma história paralela (algo comum nos livros de Auster): um realizador que desaparece misteriosamente, depois de fazer o filme The Inner Life of Martin Frost. A ideia é transpor para o ecrã, de uma forma adaptada e alterada, o filme do romance para os ecrãs.
> Actores:
Griffin Dunne ("After Hours", de Martin Scorsese; My Girl ; "Alfred Hitchcock Presents" ) www.imdb.com/name/nm0001162/ ; griffindunne.20m.com/
Irene Jacob ("A Dupla Vida de Véronique" ; "Três Cores: Vermelho" de Krzysztof Kieslowski e Othello). www.imdb.com/name/nm0001393/ ; www.irenejacob.net
Michael Imperioli ("Os Sopranos", "Summer of Sam")
Sophie Auster ("Lulu on the Bridge") www.sophieauster.com
banda sonora: Philip Grass
Locais da internet com informação:
Paul Auster (The Definitive Website)
www.imdb.com/title/tt0479074/
The Inner Life of Martin Frost (NY Times)
The Inner Life of Martin Frost (Hollywood)
PUBLICO.PT
Inner Life of Martin Frost, The (2006)-
Philip Glass - Wikipedia, the free encyclopedia
Variety's Festivals & Markets
Irene Jacob, un autre regard - another Glance
O LIVRO
Amazon.com: The Book of Illusions
Book Review - The Book of Illusions by Paul Auster
Paul Auster
The Book of Illusions by Paul Auster
Listen to an interview with Paul Auster on "The Book of Illusions"
The Book of Illusions - Wikipedia
MAIS SOBRE O FILME... em breve. Tenho de ver as minhas notas... tudo isto foi de cabeça.
[ACTUALIZAÇÃO 25-02-2006] Artigo do DN: Paul Auster filma em Portugal 'The Inner Life of Martin Frost'
A History of Violence
Vi hoje mesmo, quinta-feira, 23, o filme de David Cronenberg, A History of Violence. Parece-me merecedor de ir aos Óscares com maior impacto. É um grande filme, muito poderoso na realização, interpretações e na história.
A violência. A redensão. A mudança de vida. O amor, dos e pelos filhos, e, de e pela mulher. A localidade unida e pacífica. O regresso do passado e da violência. Assim se poderia resumir o percurso do maduro Tom Stall (Viggo Mortensen). Perante uma realização bem ao estilo de Cronenberg, com mistura entre planos parados e movimento suave da câmara, quando menos se espera - deixa as cenas prolongarem-se com calma, mas nunca com monotonia -, assistimos a uma história agradável e brutalmente violenta. Para a maior parte das pessoas matar deixaria marcas profundas e um choque imediato. O filme começa por explorar as razões da forma natural com que Stahl virou herói local ao evitar que dois rufias matassem os clientes do seu café. A forma natural com que ele reagiu, impetuoso, e brutalmente eficaz, eliminando os rufias no seu estabelecimento, dá indicios que algo estranho. Até ali, no filme, ele era Tom Stahl, tinha a vida perfeita, mas o passado encontrou-o e não o quis libertar facilmente. A relação entre Stahl, a mulher (a experiente Maria Bello) e o filho está muito bem conseguida e sofre as alterações, fragilidades e resistências posteriores dos momentos complicados. Um filme muito intenso e curioso que deixa a seguinte questão: será que alguém com um passado mau e brutal, tem direito a libertar-se dele e viver em paz e feliz?
JT (em breve escreverei aqui algo mais completo)
Class: 4,5/5
c7nema - Antevisão: “A History of Violence”
Mrs Henderson presents Kelly Reilly
Depois de filmes como Orgulho e Preconceito, O Libertino e o papel de Wendy que a celebrizou em A Residência Espanhola e As Bonecas Russas, Kelly Reilly está aí para as curvas, agora em Mrs Henderson, o novo filme de Stephen Frears - que esteve recentemente em Portugal. A protagonista é a única e nomeada para o Óscar de melhor actriz, Judie Dench. Sobre Reilly, parece impossível ficar-lhe indiferente. Pena não ter nenhum filme seguinte previsto.
Teatro e Nudez à prova de guerra
O filme que marca o regresso ao cinema do realizador britânico Stephen Frears – que esteve recentemente em Portugal – fala-nos do mundo do espectáculo no período do começo da II Guerra Mundial, dos encantos da nudez no teatro e da alta sociedade londrina. Após o filme Estranhos de Passagem(2002), Frears volta ao cinema de época - depois de Mary Reilly (1996) - para retratar, aparentemente, os hobbies de uma viúva rica que compra um teatro para dar luz à sua vida aborrecida.
Esta Mrs. Henderson dá a Judie Dench uma bela interpretação, menos intensa e cativante que a que lhe valeu o Óscar por A Paixão de Shakespeare (1999), mas bem mais longa. Embora a amiga lhe sugira que compre diamantes para enfrentar o aborrecimento, ela compra o Teatro Windmill. Sem saber gerir um teatro, contrata Vivian van Damm (BobHoskins), um especialista, que fica chocado com a patroa extravagante, provocadora e excêntrica.
Um dos trunfos é mesmo a relação de amor-ódio entre este homem e mulher experientes na vida e na idade, determinados e parecidos. Depois do sucesso inicial graças às inovadoras sessões contínuas, tudo muda com a chegada da guerra e a falta de público.
Maminhas inocentes. A partir daí Mrs. Henderson tem a ideia de colocar raparigas nuas no palco, algo chocante na época, só permitido devido a elas não se mexerem - uma negociação com o responsável pela tutela, cheia de perícia e argúcia da viúva bem relacionada -, e que se revela um sucesso junto dos soldados ingleses. O espectáculo decorre normalmente com os actores a fazerem musicais relacionados com a guerra, ou apenas para alegrar os espectadores, mas existe sempre modo de incluir momentos com modelos nuas, em poses artísticas e inspiradas. A estrela destas modelos é a actriz alta e esbelta Kelly Reilly. Não só demonstra ser das actrizes mais bonitas nos ecrãs, como esforçada e muito agradável.
Entre os bombardeamentos e as ameaças de encerramento, vamos descobrir os verdadeiros motivos para A Mrs. Henderson se envolver com as raparigas modelos e nunca desistir do teatro.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Transamerica
América à descoberta da transexualidade
Felicity Hoffman está bem longe da “dona de casa desesperada” com que se tornou conhecida recentemente (é uma das protagonistas da célebre série norte-americana). A pose que ostenta aqui, o cabelo castanho esticado, o excesso de base na cara e o carácter feminino exagerado que mostra, fazem parte de uma personagem à procura de mudar, de vez, de género, de sexo. De homem para mulher, é uma passagem que muitos vêem como bizarra e mesmo condenável.
O filme conta uma história simples mas de dificuldades, sobre seres humanos e, acima de tudo, a transexualidade de Bree (Felicity Hoffman) e a descoberta de um filho. Existem, assim, semelhanças com o filme Brokeback Mountain, na tentativa de humanizar, agora, a transexualidade. Stanley torna-se em Bree, uma mulher transexual com uma educação superior, à espera da operação de transformação sexual final. Quando é confrontada por um telefonema de um jovem a dizer que ela é seu pai, percebe que uma relação heteresexual fortuita que teve há vários anos, ainda como Stanley, deu “um fruto”. Motivada pela psicóloga que acompanha a sua transformação, parte para Nova Iorque onde irá resgatar o jovem da prisão (era prostituto) e embarca com ele numa viagem de carro pela América até Los Angeles, onde vive e onde o jovem aspira a tornar-se actor pornográfico.
Sem ele saber que ela é o “seu pai”, ambos vão criar uma amizade estranha. A aventura da viagem irá aproximar os dois, quando ambos descobrem os segredos um do outro. Entre a comédia de vários momentos, e o dramatismo de outros, o filme tem o bom senso de não ser apenas sobre a transexualidade. Outro dos momentos cómicos/preconceituosos é quando Bree visita a família, por necessidade. A sua mãe estridente, chata e preconceituosa terá de se converter à nova condição do filho Stanley, ser uma “ela”.
Estas relações estranhas tornam-se tocantes. Quem não conheça a actriz Felicity Hoffman, na sua versão mais normal, pode julgar tratar-se mesmo de um transexual, já que durante o filme existe uma cena onde mostram o pénis e, noutra mais tarde após a operação, já com vagina. Este é um momento de enorme satisfação para Bree, e a cena em que aparece na banheira a tocar-se é muito breve, mas resulta. O filme do pouco conhecido Duncan Tucker, que se inspirou numa amiga que só mais tarde soube que era transexual, é também um dos primeiros da nova produtora dos irmãos Weinstein, após a saída da Miramax.
Realização: Duncan Tucker
Com: Felicity Huffman, Kevin Zegers, Fionnula Flanagan, Elizabeth Peña, Graham Greene
Género: Comédia/Drama
Distribuição: Lusomundo
EUA, 2005
103 min
Capote
Um Capote delicado e obcecado
Capote. O filme que deverá dar o Óscar de melhor actor a Philip Seymour Hoffman dá a conhecer a parte mais humana do escritor norte-americano Truman Capote, na altura em que ficou obcecado pelo assassino de uma família, no Kansas, que o inspirou a escrever In Cold Blood.
João Tomé
De uma personagem obcecada e algo irritante resulta um filme inspirador que consagra um grande escritor e revela um grande actor. Philip Seymour Hoffman, que é produtor executivo do filme, entra em todas as cenas deste filme do “quase” estreante Bennett Miller. Só isso poderia fazer com que ficássemos saturados dele, mas acrescendo ao facto de ter uma voz fina muito diferente do habitual e que é muito egocêntrico, poderia ser um filme extremamente irritante. Mas não é. É uma personagem que primeiro é puramente estranha, depois amiga e familiar, e depois com cria sentimentos dúbios.
O filme humaniza Capote, e o processo valeu a Hoffman o “título” de favorito para os Óscares (o filme também está nomeado para melhor filme). Quem foi Capote? Um repórter da revista New Yorker que se celebrizou por escrita de argumentos e livros como Breakfast at Tiffany’s e In Cold Blood. É sobre a pesquisa para este último livro, o mais importante na sua vida e carreira, que o filme se debruça.
Novembro de 1959. Este homem baixo, com cabelo muito composto, que se encaixa totalmente no estereótipo “gay”, e é assumidamente homossexual, parte para uma pequena localidade no Kansas, onde uma família foi assassinada. Por lá contacta de perto com o investigador principal (Chris Cooper), que procura os assassinos. Mas depois deles serem encontrados ele assume que quer escrever um livro sobre as motivações de um dos jovens que matou impiedosamente.
Como figura estranha que é, conta com a ajuda de Harper Lee (Catherine Keener), sua amiga de infância e também escritora (que ganharia o Pulitzer) que o ajuda na pesquisa e nas entrevistas. Keener aparece aqui como uma autêntica confidente, num papel em que está fisicamente mais rude e simples que o habitual. A segunda metade do filme mostra-nos um Capote obcecado por um dos homicidas, Perry, visitando-o constantemente na prisão, antes da sua execução, e é a partir daí que começa a construir, na sua cabeça, o novo livro que, como ele próprio indica, iniciará um novo género, non-fiction novel (romance não ficcional). Capote não era modesto.
Existe também uma confiança sem limites naquilo que pensa que irá escrever. Uma certeza do sucesso e compreensão do público. É entre o egocentrismo e confiança, e a parte mais sentimental e humana da sua personalidade que gira todo o filme e é essa mutação que dá a Hoffman uma interpretação brilhante.
Realização: Bennett Miller
Com: Phillip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins, Jr., Chris Cooper
Site Oficial : Capote
Género: Drama
Distribuição: Columbia TriStar Warner
Canadá/EUA, 2005
98 min
Oscar, Oscar, who will be...
Apercebi-me agora mesmo que já vi todos os filmes candidatos ao Óscar de melhor filme. O veredicto é (por ordem de preferência):
1º Brokeback Mountain
2º Good Night, and Good Luck.
3º Crash
4º Munich
5º Capote
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Fantas começou segunda
O realizador mais velho em actividade, Manoel de Oliveira, irá ser homenageado no início oficial do Fantasporto, na próxima quinta-feira à noite. Irão estar presentes no Rivoli, a partir das 21h15, personalidades como Miguel Cadilhe, António Reis, Agustina Bessa Luís e o próprio realizador. O festival de cinema português mais importante, dedicado ao cinema fantástico já começou a apresentar filmes, desde segunda-feira (embora não sejam na competição oficial).
Good Night and Good Luck
Boa noite, e Boa sorte.
Notas minhas após ver o filme:
- A realização de George Clooney é totalmente imbuída no espírito de investigação de que a história do filme de refere.
- O filme está repleto de imagens intensas vindas dos arquivos da CBS que contam, melhor do que ninguém este conflito que coloca em pé de igualdade dois pólos. O dos políticos extremistas e os dos jornalistas em busca da exporem, contra os interesses instalados, aquilo que vai contra os princípios da nação. Aqui acompanhamos, essencialmente, o percurso da equipa de Murrow, a paixão pelo que faziam mesmo rumando contra a maré.
- A interpretação de Strathaim é fabulosa. Ele consegue encarnar com aparente facilidade um comunicador nato, que fala para a câmara com grande sinceridade e profissionalismo jornalístico, sempre na busca de uma informação imparcial.
Nos anos 50, em que se passa esta história, o jornalismo tinha os mesmos princípios que são ensinados nas escolas de jornalismo actualmente, a maior diferença era no modo televisivo de se fazer televisão. Murrow falava sentado numa secretária, com a câmara muito próxima, e com um ambiente de redacção à volta.
Criava-se uma atmosfera muito familiar. Tinha como característica fumar e falar, descontraidamente mas de forma muito rigorosa para os espectadores. Foi essa génese que Strathaim conseguiu captar com facilidade.
- O facto do filme ser integralmente a preto e branco pode assustar quem não gosta do estilo, de qualquer forma acaba por ser um trunfo já que justifica-se e passados alguns minutos já não nos apercebemos do preto e branco, já que era assim a televisão no tempo retratado e isto é um filme sobre essa mesma televisão. Existe, assim, uma significância na falta de cor, que transmite também um maior encanto às personagens.
- Clooney aparece no filme como o produtor Fred Friendly, que monta o programa com Murrow, mas rejeita sempre o protagonismo, o que é favorável ao filme, e cumpre como secundário de respeito.
- O Senador McCarthy nunca é personagem, já que não é interpretado por ninguém. É o próprio que aparece e as imagens retiradas dele durante o período mencionado. Por isso mesmo, apesar de não existir nenhuma cena com McCarthy e Murrow, juntos, sente-se a presença e o medo de McCarthy ao longo de grande parte do filme. McCarthy é aqui o alvo e responde por intermédio das respostas televisivas gravadas nos anos 50.
Aliás, um dos assuntos do filme é mesmo o medo. O medo criado pela “caça” aos comunistas liderada pelo senador Júnior Joseph McCarthy, presidente do Senado das Actividades Anti-Americanas. No fundo, o medo que se sentiu na altura relacionado com as suspeitas de comunismo, não é muito diferente do medo sentido hoje com o terrorismo. Existe essa analogia possível que parece estar implícita no filme de Clooney – que também escreveu o argumento.
Clooney pegou numa época contraditória da história dos Estados Unidos e, graças à determinação de jornalistas, fez ver como foi possível lutar contra as agressões do Estado aos seus cidadãos. Terá isto alguma repercussão e semelhança com a actualidade norte-americana? Talvez.
Está aqui em discussão o papel do jornalismo na sociedade. E que bom que é o jornalismo apresentado de Murrow.
- Falar desta história que é agora conhecida no cinema pela mão do cada vez mais político (no cinema), George Clooney, é recordar também outras histórias que souberam colocar no cinema o jornalismo de investigação contra os interesses instalados, como foi o caso do filme O Informador (de Michael Mann, em 1999), em que um produtor da CBS (Al Pacino), do programa, 60 minutes, procura expor os malefícios do tabaco que as tabaqueiras esconderam de modos ilícitos. Tudo isto ao convencer um ex-funcionário a dar uma entrevista polémica, um papel que valeu a Russell Crowe o Óscar de melhor actor – quando ele era ainda pouco conhecido em Hollywood.
domingo, fevereiro 19, 2006
Estrelas de cinema
Que parvoíce. Este hóquista leva no seu capacete a cara de Tom Cruise, no filme O Último Samurai, numa sessão de treino de Hóquei no gelo dos Jogos Olímpicos de Turim.
sábado, fevereiro 18, 2006
Idade
Berlim. A actriz Meryl Streep na apresentação do filme "A Prairie Home Companion" na 56.ª edição da Berlinale.
Cinema britânica
The future of British film-making
British film The Constant Gardener looks set to dominate the Baftas on Sunday.
The John Le Carre thriller leads the field with 10 nominations but faces competition from British rivals including Pride and Prejudice and Mrs Henderson Presents.
With the success of UK film-making reinforced by a string of Oscar nominations, the industry would appear to be in good health.
We asked two insiders for their view on the current state of the British film industry.
(The Constant Gardener was partially funded by the UK Film Council)
Berlim
site do NY Times sobre os acontecimentos de Grbavica
Filme bósnio «Grbavica» ganha Festival de Berlim
O filme «Grbavica», da realizadora bósnia Jasmila Zbanic, que retrata o sofrimento de uma mulher violada durante a Guerra nos Balcãs, ganhou o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim.
A decisão anunciada pelo júri presidido pela actriz britânica Charlotte Rampling foi acolhida com muitos aplausos hoje à noite na gala de encerramento do terceiro maior festival do mundo, no Berlinale Palasta da capital alemã.
Os Ursos de Prata para os melhores actores foram para os alemães Sandra Hueller e Moritz Bleibtreu, pelos seus papéis em «Elementarteilchen (Partículas Elementares)», de Oskar Roehler, e Requiem, também de um cineasta alemão, Hans-Christian Schmid.
O filme de Oskar Roehler, baseado num controverso romance do escritor francês Michael Houellebecq, começa com uma cena de violação de 10 minutos e dividiu a crítica e o público em Berlim.
«Requiem», que foi um dos filmes mais bem acolhidos no festival, conta a história trágica de uma jovem alemã oriunda de uma família profundamente católica, que se sente perseguida por demónios, e é baseado numa história real.
O Urso de Prata para a melhor realização foi para os britânicos Michael Winterbottom e Mat Whitecross, pelo seu documentário «The Road to Guantanamo», sobre três jovens ingleses de origem paquistanesa que estiveram detidos vários meses na prisão norte-americana em território cubano.
O filme chinês «Isabella» e o compositor Peter Kam ganharam o Urso de Prata para a melhor banda sonora.
O filme «El Custodio», do argentino Rodrigo Moreno, recebeu o Prémio Anfre Bauer, por ter sido considerado um filme «que abre novas perspectivas à arte cinematográfica».
O Grande Prémio do Júri, outro Urso de Prata, foi atribuído ex-aqueo à comédia iraniana «Offside», de Jafar Panahi, e à comédia melancólica dinamarquesa «En Soap», de Pernille Fischer, que ganhou também o prémio de melhor realizador estreante.
Na Berlinale deste ano foram exibidos cerca de 360 filmes de mais de 50 países, mas Portugal não esteve representado em nenhuma das secções do festival, que atraiu a Berlim mais de 18 mil profissionais do cinema e quase quatro mil jornalistas.
A Berlinale, cuja cerimónia de abertura e gala de encerramento foram pela primeira vez transmitidas em directo pela televisão, termina no domingo com outra novidade, a exibição para o grande público de um filme em estreia mundial, «La Tigre e la Neve», do italiano Roberto Benigni.
in Lusa
GRBAVICA a Film by Jasmila Zbanic
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Anel de fogo de Johnny e June
Walk the Line. Johnny Cash entrou tarde na música, mas encantou o country dos Estados Unidos a partir dos anos 60, com um estilo próprio. Assistimos à sua ascensão e queda, aos traumas e ao amor com June. Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon, juntos, fazem "faísca" no grande ecrã.
Uma história de sucessos e música, droga e desilusões, mas acima de tudo de amor. Nas primeiras cenas estamos na vida e ascensão musical de Johnny Cash, o cantor country norte-americano mais sombrio, mas depressa entramos na história de amor difícil entre Johnny e June Carter – que também era artista, e vinha de uma família de artistas.
Pode não ser a história de amor perfeita, mas o amor entre os dois parece perfeito, já as interpretações de Joaquim Phoenix e Reese Witherspoon, como as nomeações para os Óscares o comprovam, são repletas de intensidade e entrega, dando às personagens um espírito autêntico. As diferenças mais visíveis no filme, entre o verdadeiro Cash e o trabalho de Joaquin Phoenix era difíceis de disfarçar. Cash tinha 1m83, enquanto Phoenix tem 1m69. Outra é a cicatriz de Phoenix, no lábio, que não é impossível não reparar.
Quem é John R. Cash? É um músico inesquecível nos Estados Unidos que foi inovador na junção de géneros e viveu e cantou no meio das maiores estrelas do rock como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. Foi um homem de mistérios, problemas sérios e algo pessimista, traumatizado pela morte do irmão, com letras nem sempre animadas. É depois de se tornar importante na música norte-americana que começa a autodestruir-se devido às drogas. Para contrabalançar o seu espírito mais sombrio, com o qual a roupa preta condizia, apaixonou-se pela bela, positiva e animada June Carter, isto quando ambos eram casados e tinham filhos.
Desta história difícil, mas bonita nasce um filme para celebrar os dois e a sua música que mostra também como o amor deu força a Cash. Á primeira parece um filme pouco deslumbrante para uma audiência europeia, portuguesa. Especialmente porque é sobre um cantor popular norte-americano, muito country. No entanto, a história é forte o suficiente para dar um filme intenso. A música de Cash e Carter é cantada com uma pouco provável perfeição pelos actores, Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon. Uma das curiosidades é ver as músicas constantes sobre prisão, que fizeram Cash, já depois do boom da sua carreira, ir gravar à prisão de Folsom um álbum ao vivo. Estes pormenores do próprio Cash dão força ao filme como um todo e tornam a experiência muito agradável.
Banda sonora especial
A principal curiosidade da banda sonora do filme Walk the Line é mesmo o facto das músicas de Johnny Cash e June Carter serem interpretadas pelos actores, Joaquin Phoenix e June Carter. Phoenix aprendeu mesmo a tocar guitarra para o filme, já que era a companheira de Cash no palco. A banda sonora inclui ainda vídeos inéditos das gravações dos actores. É de realçar que ambos os actores cantam com brio, suscitando mesmo suspeita para o facto de serem eles mesmo, mas o auxílio das tecnologias também terá ajudado. As músicas country melodiosas entram facilmente no ouvido.
Sãocinco as nomeações, mas as interpretações de Phoenix e Witherspoon são as que se distinguem. Os Globos de Ouro premiou ambos, mas Witherspoon parece ter mais hipóteses nos Óscares, especialmente pela concorrência de Phillip Seymour Hoffman, em Capote.
De: James Mangold
Com: Joaquin Phoenix, Reese Whitherspoon, Ginnifer Goodwin, Robert Patrick
Site Oficial: Walk the Line
Género: Biográfico/Musical
Distribuição: Castello Lopes
EUA, 2005
135 min
www.walkthelinethemovie.com
Syriana
[Ainda não vi, mas quero ver. Parece ser muito bom.]
O estranho mundo do petróleo
Syriana. O cinema trouxe-nos recentemente alguns filmes que focam interesses instalados na sociedade capitalista. Depois de O Fiel Jardineiro (sobre os “podres” da indústria farmacêutica), o Senhor da Guerra, que reflecte a indústria das armas, surge agora Syriana, onde é focada a corrupção global e intrigas da indústria petrolífera global. Indissociável do filme estão George Clooney, que envelheceu, deixou crescer a barba e engordou para a personagem de um agente veterano da CIA; Chris Cooper e Matt Damon. A história gira em torno de que na sociedade capitalista tudo está ligado, e o petróleo é o grande gerador de uma teia de corrupção política. «Vivemos numa época complexa (…) não há bons nem maus, nem respostas fáceis», afirmou recentemente o realizador Stephen Gaghan, já galardoado com o Óscar de melhor argumento por Traffic (e está nomeado para a mesma categoria neste filme).
A intriga decorre num pais do Golfo produtor de petróleo onde o jovem e carismático Príncipe Nasir (Alexander Siddig) procura mudar o há muito estabelecido relacionamento com os interesses económicos americanos ao conceder os direitos de prospecção à oferta mais alta, neste caso feita por chineses. É um enorme golpe para a Connex, uma empresa texana que detinha esses mesmos direitos, bem como para os interesses americanos na região.
A Killen, uma pequena empresa petrolífera do Texas propriedade de Jimmy Pope (Chris Cooper) acabou de ganhar os direitos de prospecção numa apetecida zona do Cazaquistão, o que a torna muito atractiva para a Connex, que necessita de novos territórios para manter a sua capacidade de produção. Quando as duas companhias se fundem, o negócio em curso atrai o escrutínio do Departamento de Justiça americano.
Bob Barnes (George Clooney) é um agente veterano da CIA prestes a terminar a carreira e o seu último trabalho será o assassinato do Príncipe Nasir... A multiplicidade de interesses na indústria petrolífera fazem-no descobrir um mundo que “respira” petróleo à base da corrupção.
Realização: Stephen Gaghan
Com: George Clooney, Matt Damon, Jeffrey Wright, Chris Cooper, William Hurt,Mazhar Munir, Tim Blake Nelson, Amanda Peet, Christopher Plummer
Site Oficial: Syriana
Género: Drama/Thriller
Distribuição: Columbia TriStar Warner
EUA, 2005
126 min
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Vai e Vive. Esta história sobre sobrevivência e religião retrata uma acção de solidariedade promovida por Israel e os Estados Unidos que se propôe a salvar milhares de judeus etíopes, ao tirá-los da miséria em África e levá-los para uma vida melhor em Israel. Mas o desespero irá levar uma mãe cristã, declarar o filho como judeu para o salvar. Em Israel a criança negra vive numa dupla mentira, entre o judeu que não é e o órfão, que também não é, tudo pela sobrevivência. Será lá que irá conhecer muito sobre os judeus e crescer como pessoa. O realizador é romeno e o filme, não só actual mas como prometedor. Estou curioso para ver.
De: Radu Mihaileanu
Com: Yael Abecassis, Roschdy Zem
Drama
França/Bélgica/Israel/Itália, 2005;
140 minutos
Ficha IMDb
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Os Três Enterros de Um Homem.
Esta é a estreia de Tommy Lee Jones comorealizador, já premiado com a Palma de Ouro, em Cannes (melhor actor e argumento). A história, irónica, passa-se no Texas e é sobre o corpo de Melquiades Estrada, encontrado numa vala no meio do deserto. Pete Perkins (Jones), capataz de um rancho local e melhor amigode Melquiades,decide procurar o seu assassino e obriga malfeitora transportar o cadáver do amigo para a sua terra natal, no México. O drama contém humanidade e muita ironia.
De: Tommy Lee Jones
Com: Tommy Lee Jones, Barry Pepper
Drama
EUA/França, 2005
121 min.
Ficha IMDb
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Aeon Flux. Neste thriller de ficção científica,Charlize Theron é Aeon Flux, uma operacional de topo em guerra com o regime totalitário que governa o que aparenta ser a sociedade
perfeita. Mas estará essa vida perfeita a esconder a mentira perfeita? Aeon está na linha da frente de uma rebelião que irá revelar indescritíveis segredos...
De: Karyn Kusama
Com: Charlize Theron, Marton Csokas
Acção/Ficção Científica
EUA, 2005
93 min.
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Estreias da semana: 16 de Fevereiro 2006
Aeon Flux
Bambi 2 - O Grande Príncipe da Floresta
Os Três Enterros de Um Homem
Walk the Line
Syriana
Vai e Vive
terça-feira, fevereiro 14, 2006
V for Vendetta - em Berlim
Hugo Weaving plays a masked avenger in a fascist U.K. in 'V for Vendetta,' adapted by the Wachowski brothers from the graphic novel.
Evey - Natalie Portman
V - Hugo Weaving
Finch - Stephen Rea
Deitrich - Stephen Fry
Adam Sutler - John Hurt
Although often visually striking and undercoated by a compelling sci-fi concept, graphic-novel adaptation "V for Vendetta" feels flat as a storyboard. Chiming faintly with current counterculture vibe in higher-browed films, dystopian "Vendetta" posits a masked "terrorist" hero (Hugo Weaving) trying to overthrow a fascist state in future Blighty. Officially helmed by James McTeigue, pic suffers from many of same problems as last two installments of producers Andy and Larry Wachowski's "Matrix" franchise: indigestible dialogue, pacing difficulties and too much pseudo-philosophical info. Pic should open with a bang in late March but may fizzle quickly.
Crítica da Variety, no Festival de Berlim
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Morreu o autor do Tubarão
Jaws author Peter Benchley dies
US author Peter Benchley, whose novel Jaws was made into one of Hollywood's most famous films, has died aged 65.
He died of complications from pulmonary fibrosis, a progressive scarring of the lungs he had been diagnosed with last autumn, son-in-law Chris Turner said.
"It was peaceful," Mr Turner added, saying that the writer's wife Wendy and other family members were by his side.
A Harvard graduate, raised in New York City, he was once a speechwriter for President Lyndon B Johnson.
He also worked as a journalist before becoming a novelist and publishing Jaws in 1974.
Mr Benchley, who lived in Princeton, New Jersey, and had two grown-up children, said he had been interested in sharks since his childhood days spent on the island of Nantucket off Massachusetts.
in BBC
sábado, fevereiro 11, 2006
O Estado Mais Quente
Já aqui falei do livro de Ethan Hawke The Hottest State, também já anunciei que será transformado em filme e o próprio autor, Ethan Hawke, será um dos actores (não o protagonista, o que é pena) e realizador. Aqui ficam mais alguns pormenores que deixam água na boca para o filme. Já li o livro há muito, gostei. Em Portugal chama-se o Estado Mais Quente, edição da Difel.
'The Hottest State' Heats Up February 09, 2006
By Tatiana Siegel
Mark Webber and Catalina Sandino Moreno have signed on to star in the indie "The Hottest State." Michelle Williams, Josh Zuckerman, Ethan Hawke, Sonia Braga and Laura Linney round out the cast.Hawke is helming from a screenplay he adapted from his novel, published by Little, Brown in 1996.
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The story centers on a 21-year-old actor named William (Webber), who moves from Texas to New York and suffers through a wrenching heartbreak after a short-lived romance with a singer-songwriter named Sarah (Moreno).The film will feature new songs performed by Willie Nelson and Norah Jones as well as original music by songwriter Jesse Harris."State," which began principal photography this week, is financed by Tokyo-based Entertainment Farm. The company's Yasushi Kotani and Taizo Son are executive producing, while Yukie Kito is producing along with Alexis Alexanian.Webber, whose credits include "Broken Flowers" and "Storytelling," is repped by Innovative Artists and attorney Ira Schreck. Moreno, who earned an Academy Award nomination last year for "Maria Full of Grace," is repped by CAA.
www.killermovies.com/h/thehotteststate/
www.ioncinema.com/beta/movie.php?id=1693
www.powells.com/authors/hawke.html
The Hottest State
Casting is complete for 'Hottest State'
Taking Lives : Special Director's Cut (DVD)
Trade Round-Up: Ethan Hawke Can Do It All
Oscar nominee Moreno signs "State"
Michelle Williams, a companheira de Heath Ledger (ambos nomeados para os Oscares por terem feito de marido e mulher em Brokeback Mountain), fará parte do filme, que é um projecto de Ethan Hawke.
Val Matter
BERLIN: Myriad Pictures has announced in Berlin that Val Kilmer has signed to star in "Dark Matter" with Meryl Streep and China's Liu Ye."Dark Matter" will tell the story of a Chinese exchange student who exacts revenge after her dreams of winning a Nobel Prize are dashed by internal school politics.It will be the film directorial debut of opera director Chen Shi-Zheng, Myriad said.
in The Hollywood Reporter
Ficha IMDb Dark Matter (2006)
O que estreia na América
A Weathered Rocker but Still Unbowed
By MANOHLA DARGIS - NY Times
"Neil Young: Heart of Gold," directed by Jonathan Demme, was shot over the course of two concerts in Nashville's storied Ryman Auditorium, original home of the Grand Ole Opry. The first half of the film includes 9 of the 10 songs from Mr. Young's most recent album, "Prairie Wind"; the second features 10 titles from his songbook, a number of which were first recorded in Nashville.
The film provides no real back story about the production, but in interviews Mr. Young has said that the idea for it arose out of a phone conversation he had with Mr. Demme. The musician had just finished "Prairie Wind," which he had begun recording right after discovering that he had to undergo surgery for a brain aneurysm.
He cut some of the songs in Nashville, had the surgery (twice) and then finished the recording. Brushing up against death as Mr. Young did would be reason enough to undertake a concert film like this; but the songs are justification enough. Filled with country memories, bluesy regret, familiar and piercing sentiment, the album sounds like quintessential Neil Young, which, depending on your home catalog, will be either an enormous turn-on or turn-off.
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Curious George
Reviewed by DANA STEVENS
With top-drawer voice talent and old-fashioned two-dimensional animation that echoes the simple colors and shapes of the books, "Curious George" is an unexpected delight.
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Firewall
Reviewed by MANOHLA DARGIS
"Firewall," a thrill-challenged thriller starring Harrison Ford, manages to entertain mildly only because it gives moviegoers ample opportunity to test their action-movie I.Q.
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The Pink Panther
Reviewed by STEPHEN HOLDEN
Despite a witty performance by Steve Martin, much of "The Pink Panther" feels like trying on old clothes that no longer fit.
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Match point - a decisão na rede
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Cinema em baixa?
O Observatório Europeu do Audiovisual revelou ontem em Berlim que as entradas nos cinemas recuaram 11 por cento em 2005 em relação ao ano anterior. O observatório apresentou ontem as primeiras estimativas da frequência das salas de cinema na Europa com base nos dados provisórios disponíveis para onze mercados da União Europeia (UE).
Os números de Portugal deverão ser conhecidos hoje no Festival de Berlim e dificilmente escaparão a esta tendência. Em 2004, 1007 milhões de bilhetes foram vendidos em 25 países da UE, um recorde desde 1990. Mas em 2005 todos os mercados principais foram afectados e a Alemanha (-18,8%), Espanha (-12,5%) e França (-10,1%) conheceram um recuo de dois dígitos. Ao contrário, a produção nacional portou-se bem em vários mercados, tendo os filmes nacionais melhorado os seus resultados em relação a 2004 em sete dos dez países analisados.
in Y
Primeiro de Berlim
Snow Cake opens Berlin festival
The Berlin Film Festival opens on Thursday with a gala screening of Snow Cake, starring Sigourney Weaver and Alan Rickman.
Snow Cake, um filme menor, abriu ontem o Festival de Berlim
Sigourney Weaver esteve na cerimónia de abertura. Competição começa hoje
Sob o signo da neve que pontua o filme de abertura Snow Cake e que começou a cair sobre a cidade a meio da tarde, Berlim é, desde ontem à noite, a capital mundial do cinema.
A Marlene Dietrich Platz, parte do moderníssimo Quartier DaimlerChrysler, tornou-se um enclave internacional com o inglês como língua franca, frequentada por jornalistas dos quatro cantos do mundo que se deslocam apressadamente entre o hotel Grand Hyatt, quartel-general da imprensa acreditada, e os complexos CineStar at Sony Center e CinemaxX, onde decorrem a maior parte das projecções.
Este enclave tecnológico e cosmopolita da capital alemã é o centro nevrálgico da 56.ª edição da Berlinale - Festival Internacional de Cinema de Berlim, que ontem fervilhava com jornalistas, relações públicas, seguranças, condutores profissionais, câmaras de televisão, gente atarefada no vaivém que os grandes festivais de cinema sempre criam. Mesmo que, como é o caso, o festival só arranque hoje com as primeiras obras a concurso (En Soap, da dinamarquesa Pernille Christensen, e Slumming, do alemão Michael Glawogger). Ontem, as atenções estavam concentradas na cerimónia de abertura.
Os carros de exteriores estacionados no exterior do Theater am Potsdamer Platz, reconvertido em Berlinale Palast (sala principal) para efeitos da Berlinale, estavam desde quarta-feira a postos para o momento em que a actriz americana Sigourney Weaver e o actor inglês Alan Rickman pisassem a passadeira vermelha para a abertura do festival com Snow Cake (Grã-Bretanha/Canadá), dirigido pelo realizador galês Marc Evans.
A imprensa nunca perdoou ao director do festival, Dieter Kosslick, a ausência do elenco de Cold Mountain, de Anthony Minghella, na abertura da edição de 2004, e caiu-lhe em cima quando a inauguração em 2005 coube ao muito criticado filme europeu Man to Man, de Régis Wargnier. Os actores Joseph Fiennes e Kristin Scott Thomas estiveram presentes e a má língua garante que foi só mesmo por isso, e pelo desejo de Kosslick não voltar a falhar no coeficiente de glamour, que o filme abriu Berlim.
mais in Publico, por Jorge Mourinha
Fotos: Lusa
Berlim
A dureza do mundo vai marcar o Festival de Berlim
Com Sigourney Weaver a fazer de autista, em Snow Cake, arranca hoje a 56ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que vai decorrer até dia 19. A concurso, e extracompetição, passarão as obras mais recentes de realizadores como Robert Altman, Claude Chabrol ou o recluso Terrence Malick, mas também dois filmes-chave da corrida aos Óscares deste ano, Syriana e Capote.
Sigourney Weaver será a primeira estrela a subir a passadeira vermelha do Berlinale Palast na 56ª edição do Festival de Berlim. A actriz americana de Alien interpreta uma mãe autista sofrendo com a morte da filha num acidente de automóvel em Snow Cake, do galês Marc Evans, que marca, esta noite, o arranque do terceiro festival mundial de cinema (a seguir a Cannes e Veneza) na capital alemã com uma programação considerada das mais fortes mas também das mais "escuras" tematicamente dos últimos anos, reflectida nas palavras do director Dieter Kosslick: "Temos muitos filmes que mostram um mundo duro como ele realmente é".
Robert Altman e Claude Chabrol estão na corrida para o Leão de Ouro, a ser votado por um júri liderado pela actriz Charlotte Rampling; Michel Gondry, Terrence Malick e Chen Kaige mostram os seus novos filmes fora de competição; dois dos filmes-chave dos Óscares deste ano, Syriana e Capote, iniciam as suas carreiras europeias em Berlim; e está prometida a presença no festival de vedetas como George Clooney, Philip Seymour Hoffman, Heath Ledger, Meryl Streep, Isabelle Huppert e Isabella Rossellini. A conjugação do glamour hollywoodiano e da atenção ao cinema de arte e ensaio de todo o Mundo é, aliás, para Kosslick, a chave de Berlim, que define como um festival "diferente, com garra. Não somos apenas um festival mainstream". A crítica anui - citada pela Reuters, a jornalista alemã Verena Luecken diz que, "no papel, a selecção parece muito forte".
mais in Público, Jorge Mourinha
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Estrelas de sonho dos anos 50
A 56ª edição de Berlim marca o 20º aniversário do pioneiro prémio Teddy, atribuído anualmente a filmes de temática GLBT (gay, lésbico, bissexual e transgénero) apresentados nas várias secções do festival. Para marcar o 20º aniversário do Teddy, a organização propõe este ano uma retrospectiva de curtas, médias e longas-metragens apresentadas em Berlim nos últimos 20 anos vencedoras do prémio, sob a designação Teddy Twenty; entre elas contam-se A Lei do Desejo, de Almodóvar; Veneno, de Todd Haynes; ou Wittgenstein, de Derek Jarman; mais o "bombom" Conversa de Travesseiro, de Michael Gordon, com a dupla Doris Day/Rock Hudson.
Berlim desdobra-se numa série de secções paralelas e retrospectivas, das quais a mais interessante preenche por si só três salas berlinenses: Mulheres de Sonho, Estrelas do Cinema dos Anos 1950 propõe meia centena de filmes interpretados por algumas das maiores e mais populares actrizes daquela década de ouro. Se Audrey Hepburn, Barbara Stanwyck, Elizabeth Taylor, Lana Turner, Grace Kelly ou Joan Crawford seriam incontornáveis, o programa alarga-se também a actrizes europeias e nipónicas - Anna Magnani, Ingrid Bergman, Hildegard Knef, Harriet Andersson, Brigitte Bardot, Sophia Loren, Maria Schell, Setsuro Hara ou Hideko Takamine fazem também parte do ciclo.
Na secção Forum, retoma-se a tradição da Sessão da Meia-Noite com a apresentação de nove filmes do mestre japonês do cinema de género Nobuo Nakagawa, realizados nas décadas de 1940 a 1960 e representativos do seu estatuto dentro da altamente codificada produção de género dos grandes estúdios nipónicos.
A selecção da secção Panorama, dedicada às produções independentes, segundo a indicação da organização, procura conciliar uma visão artística com potencial comercial. Stay, de Marc Forster (realizador de Monster"s Ball e À Procura da Terra do Nunca), com Ewan McGregor e Naomi Watts; Breakfast on Pluto, o mais recente filme do irlandês Neil Jordan (Entrevista com o Vampiro, Jogo de Lágrimas); The Proposition, o western do australiano John Hillcoat com argumento de Nick Cave, ou o brasileiro Casa de Areia, de Andrucha Waddington, com Fernanda Torres e o cantor Seu Jorge, são alguns dos filmes escalados.
mais in Público