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domingo, novembro 30, 2008

Keeping the Faith 



Uma das comédias românticas que me enche por completo as medidas é este Keeping the Faith, realizado pelo único Edward Norton. É o filme que passa neste momento na TVI. Ainda bem. Não me canso de o ver...

sábado, novembro 29, 2008

Os grandes, concordo! Com todos! 

The Top Ten Greatest Movie Characters - EMPIRE:

1. Tyler Durden (Played by Brad Pitt; Film Fight Club)
2. Darth Vader (Played by David Prowse / James Earl Jones as voice; Film: Star Wars, The Empire Strikes Back, Return of the Jed, Revenge of the Sith)
3. The Joker (Played By: Heath Ledger; Film: The Dark Knight)
4. Han Solo (Played By: Harrison Ford; Film: Star Wars, The Empire Strikes Back, Return Of The Jedi)
5. Dr. Hannibal Lecter (Played By: Sir Anthony Hopkins; Film: The Silence Of The Lambs, Hannibal, Red Dragon)
6. Indiana Jones (Played By: Harrison Ford; Film: Raiders Of The Lost Ark)
7. The Dude (Played By: Jeff Bridges; Film: The Big Lebowski)
8. Captain Jack Sparrow (Played By: Johnny Depp; Film: Pirates Of The Caribbean 1-3)
9. Ellen Ripley (Played By: Sigourney Weaver; Film: Alien 1-4)
10. Vito Corleone (Played By: Marlon Brando; Film: The Godfather)






segunda-feira, novembro 24, 2008

Campanha para Óscares 

O MagaCINE apoia os seguintes protagonistas e filmes para serem eleitos para a próxima edição dos Óscares, a 22 de Fevereiro.




Pelo que vi até ao momento, Heath Ledger merece o Óscar de melhor actor (sim, mesmo actor principal, que é o que ele é no filme) pelo seu Joker em Batman Returns.



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Tom Cruise parece digno do Óscar (pelo menos nomeação) de Melhor Actor Secundário pela sua participação secreta na comédia negra de Ben Stiller Tempestade Tropical. Cruise fez este ano 25 anos de carreira como actor em cinema.

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http://www.collider.com/uploads/imageGallery/Blindness/blindness_movie_image_julianne_moore_.jpg


Ensaio Sobre a Cegueira de Fernando Meirelles, polémicas à parte, merece um lugar nos cinco melhores filmes do ano.



Entretanto já foram eleitos os cinco magníficos na categoria de documentário.

As mensagens líricas do cinema 

Banda Sonora de Fight Club. Cantado/falado por Brad Pitt.



This is Your Life




...And you open the door and you
step inside. We're inside our
hearts. Now, imagine your pain as a
white ball of healing light. That's
right, it's your pain the pain
itself is a ball of
healing light.

i don't think so

This is your life
Good to the last drop
doesn't get any better than this

This is your
life, and it's ending one minute at
a time.


This isn't a seminar
This is no weekend retreat
Where you are now
You can't even imagine what
the bottom will be like
Only after disaster can we be resurrected
It's only after you've lost
everything that you are free to
do anything

Nothing is static
Everything is evolving
Everything is falling apart
This is your life
It doesn't get any better than this
This is your life
And its ending one minute at a time









Body of Lies 

Body of Lies (2008) Movie Image

Um espião chamado Di Caprio no Médio Oriente


O Corpo da Mentira


Leonardo Di Caprio é um espião norte-americano em missão arriscada no Médio Oriente num thriller intenso pertinente e saboroso com Russell Crowe em mais um belo papel.



No mundo da política a mentira e a manipulação, pelo que nos mostram inúmeros filmes e não só, é prática frequente. O novo filme de Ridley Scott, O Corpo da Mentira, mostra como no mundo da espionagem vale tudo para os terroristas, mas o mesmo acontece com os espiões.

Leonardo Di Caprio (que aparece bem ao estilo de Benicio del Toro) é Roger Ferris, um espião bem intencionado da CIA em missão no Médio Oriente (Iraque e Jordânia) e que procura terroristas, mas está sujeito a um turbilhão de emoções de quem vive diariamente naquele mundo.
Do outro lado do planeta, nos Estados Unidos, está o coordenador de toda a missão da CIA para capturar terroristas que estão a espalhar o terror pela Europa, Ed Hoffman, interpretado por Russell Crowe. O actor australiano aparece ao estilo do filme O Informador (com barriga e cabelos brancos) e preenche com mestria uma personagem complexa e manipuladora, que consegue tratar de assuntos melindrosos por telefone, mesmo quando leva as crianças à escola.

Depois de uma missão no Iraque em que teve de deixar um amigo para trás (não há tempo para remorsos), o dedicado, bem intencionado e quase divorciado Ferris segue uma pista na Jordânia para tentar capturar um perigoso terrorista que espalhou o caos em Amesterdão.
A missão corre mal depois de promessas ao líder dos Serviços Secretos jordanos terem sido quebradas contra a vontade de Ferris. O_espião cria então um plano secreto para tentar aliciar os terroristas e os surpreender, mas entre a verdade e a mentira os riscos vão ser enormes.

O filme é baseado na obra do colunista do Washington Post, David Ignatius e, curiosamente, acaba por ser adaptado por um argumentista ex-jornalista, o oscarizado William Monahan (autor de The Departed).
O thriller, sempre passado a um ritmo intenso, consegue mostrar (sem aprofundar) aspectos curiosos desta luta actual, nomeadamente a forma como os terroristas fogem às tecnologias americanas (não utilizam nada que os denuncie: nem telemóveis nem computador). Num mundo em que um satélite pode localizar uma chamada e colocar-nos não só a ouvi-la mas também a ver todos os movimentos de um sujeito, a pouco tecnologia dos terroristas foi e é um dos seus trunfos.
Não faltam pela fita indecisões, mentiras, paixões improváveis (bela actuação da iraniana Golshifteh Farahani) e, claro, muito perigo.



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De: Ridley Scott
Com: Leonardo DiCaprio, Russell Crowe, Mark Strong, Golshifteh Farahani
Género: Acção/Drama/Thriller
EUA, 2008; 98 min.

sábado, novembro 22, 2008

As dificuldades da Cegueira 

Fernando Meirelles manteve um blogue que entretanto deu em livro durante as filmagens do filme Ensaio Sobre a Cegueira. Uma experiência curiosa que mostra as dificuldades de ser realizador, ainda para mais adaptando um livro tão longo, complexo e incrivelmente rico como o de Saramago. Jaz aqui:

www.blogdeblindness.blogspot.com





[BRAJIL+114.jpg]

Mark Rufallo respira o ar do rio Pinheiros, em São Paulo, Brasil.
(foto de Yoshino Kimura, a Mulher do Primeiro Homem Cego)




por Fernando Meirelles
"Quem conta a história? Esta é em geral uma das primeiras decisões que um escritor tem que tomar. No cinema é a mesma coisa, a escolha de quem será o narrador transforma completamente um filme. Nos outros (poucos) filmes que fiz esta questão é facilmente respondida mas nessa Cegueira a coisa é mais complexa. Vou teorizar um pouco. Para quem não gosta de blá, blá, blá, até o próximo post.

No começo de “Blindness”, quem conta a história é o diretor (eu mesmo) com a ajuda da equipe, claro. Conto a história colocando a câmera, os microfones e com eles, o espectador, sempre no meio da ação. Por eu ser um narrador privilegiado, que já leu o roteiro até o final, você, o espectador, vai perceber que há uma epidemia se alastrando antes mesmo que os personagens se dêem conta disso, coitados. Como também sou um contador que está fora da trama, posso pular de um personagem para outro e acelerar os acontecimentos para chegar mais rápido ao segundo ato quando todo mundo vai para uma quarentena num asilo. (Sinto muito para quem não leu o livro e não sabe do que estou falando. Aliás, quem não leu deveria ler. É livro que se devora num final de semana). Voltando: Quando a ação se desloca da cidade para o asilo o contador da história deixa de ser o diretor e passa a ser a Mulher do Médico. É através do seu olhar que vemos o que acontece. Colada nela, a câmera fica trancada no asilo de quarentena também, vê ou sabe apenas o que a Mulher do Médico vê e sabe. Esse é o momento em que a trama desacelera um pouco para que o espectador embarque na viagem desta personagem vivendo junto sua experiência. Por sorte tenho a Julianne Moore a bordo e definitivamente ela sabe como fazer os espectadores compartilharem as experiências e emoções desta Mulher do Médico.

A história segue, a situação evolui devagar. Passado um pouco da metade do filme entra em cena um novo personagem, o Velho da Venda Preta (Danny Glover), para mim um alter-ego do Saramago, com o já disse aqui. De repente, sem mais, ele começa a narrar o que se passa no asilo. Diferente do olhar da Mulher do Médico, que nos mostra os fatos, a voz deste narrador tardio, o Velho da Venda Preta, nos conta o que se passa na cabeça dos personagens, conta uma história mais profunda narrando as implicações e conseqüências do que acontece, criando uma nova camada de leitura para o filme. Então, no terceiro ato, quando todos os personagens voltam para a cidade, os dois outros narradores, o diretor e a Mulher do Médico, se juntam ao Velho da Venda Preta e a história passa a ser narrada alternadamente pelo olhar dela, pela voz dele e pela câmera, que coloco onde bem entendo (ou onde o César sugere ou permite).

Esta mudança de narrador afeta a linguagem e estabelece o ritmo do filme. O primeiro ato é mais clássico, a história avança agilmente da maneira como acontece na maioria dos filmes. No segundo ato, o da observação da Mulher do Médico, o filme viaja mais, é menos objetivo e divaga como uma mulher. (Sim. As mulheres são melhores em divagações do que os homens) Finalmente, quando entra a narração do Velho da Venda Preta o filme volta a ter uma trama mais linear, mas somada a uma leitura do que se passa. Essas três maneiras de contar a história dão a cara ao filme e isso já estava indicado no roteiro. Ou seja, qualquer decisão do roteirista pode transformar o filme radicalmente não só em seu conteúdo, mas em seu formato. Há uma pequena guerra nos EUA no momento, entre os roteiristas e os estúdios. Eles querem ser reconhecidos como autores dos filmes no mesmo patamar que os diretores com cachês e prestígio igual. Acho mais do que justa esta reivindicação. Só porque o que escrevem vai para o lixo no final da filmagem não quer dizer que seu trabalho não tenha a mesma, ou às vezes maior, importância do que o trabalho do diretor."

Ice Age está de volta 



Porque é que as partes sem diálogo de Ice Age são tão boas????!!!!
Este é o trailer de Ice Age: Dawn of the Dinosaurs, a vir para as salas dentro de uns valentes meses, ali para os lados do Verão do próximo ano.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Conan vai voltar 




Estou curioso para o novo Conan que aparece nos cinemas em 2010, mas duvido muito que tenha a pureza do Conan que lançou Schwarzenegger. Fala-se que será Brett Ratner a realizar mas ainda não há nome para o protagonista musculado. O produtor estava a tentar contar com Schwarzenegger em algumas cenas, mas ainda não há confirmação.




Winona encontra Paz 

Noche de moda en Madrid


E não é que Winona Rider está em Madrid com a bela Paz Vega para promover a VI edição dos prémios Marie Claire...

Marilyn em 1953 



Marilyn Monroe, Hollywood, 1953, fotógrafo Alfred Eisenstaedt

in Life



Paul Auster com blog de fãs português 

Ora aqui está uma bela iniciativa sobre um óptimo e interessante autor, que curiosamente, anda por Portugal há mais de uma semana (pelo Estoril Film Festival):


www.paulAuster.blogs.sapo.pt



Entrevistei o Paul Auster há uns tempos a propósito do seu filme (rodado em Portugal) A Vida Interior de Martins Frost.

domingo, novembro 16, 2008

Bertolucci está pelo Estoril.

Um argumentista americano em Portugal 

Robert McKee

"Há anos, viu dois filmes de Manoel de Oliveira e agora assistiu a Alice (Marco Martins, 2005), Call Girl (António-Pedro Vasconcelos, 2007), Juventude em Marcha (Pedro Costa, 2006) e Aquele Querido Mês de Agosto (Miguel Gomes, 2008).
Achou que o realizador e argumentista de Call Girl deviam ter escolhido o ponto de vista único da call girl e esquecido os outros quatro (e preconizou que o filme em versão americana teria Angelina Jolie como protagonista) e nos restantes encontrou desejo de aventura e esforço minimalista, mas... “não são muito hábeis”. “Se se quer usar uma técnica minimal, tem de haver a certeza de que há um conteúdo tremendo, como no Brokeback Mountain” (ou O Amor é um Lugar Estranho, Morrer em Las Vegas, Confissões de Schmidt, enuncia) e só o encontrou em Alice.
“Como argumentistas, temos uma obrigação para com o público. Pedimos-lhe um grande bocado da sua vida – três horas. É muito,posso jogar uma partida de golfe em três horas. Nesse convite há uma promessa de recompensa. Dar-lheei algo que não tinha antes, fazê-lo pensar, chorar, rir. Vou enriquecer a sua humanidade”."


in Público (P2)

sexta-feira, novembro 14, 2008

Estoril inundado de cinema de primeira 




O Estoril Film Festival está aí e recomenda-se!


Começa hoje, ali para os lados do Estoril (Casino, Centro de Congressos, e tal) e tem um leque de artistas e de filmes que merece uma visita prolongada. De sexta até sábado. Entrevistei hoje de manhã o Paulo Branco a propósito do festival, no meio da agitação que é a véspera de um evento deste género. Mas se no cartaz de coisas para fazer da sala com vista para o Tejo estavam os nomes de Paul Auster e do prémio Nobel da Literatura de 2003, JM Coetzee - para os irem buscar durante o dia de quinta-feira -, a novidade do dia é mesmo a confirmação da presença do grande Bernardo Bertolucci.



http://www.capri-world.com/foto/bertolucci5.jpg



Passo a citar o press acabado de sair do meu e-mail:
BERTOLUCCI PRESENTE NA ABERTURA DO ESTORIL FILM FESTIVAL
Confirmada a presença de Bernardo Bertolucci no Estoril Film Festival já nesta sexta-feira. O realizador desloca-se a Portugal para ser homenageado, num evento que conta com as presenças confirmadas de Stephen Frears, Louis Garrel, Michael Pitt, Valeria Bruni-Tedeschi, Catherine Deneuve, Paul Auster, J.M. Coetzee, Mathieu Amalric (o mau da fita do mais recente filme do 007), François-Marie Banier, entre muitas outras novidades (só lamento não estar nestas novidades a bela e talentosa Eva Green, também ela, tal como Pitt e Garrel, protagonista do filme Dreamers.)
O principal homenageado do evento desloca-se a Portugal, a convite do EFF’08. A gala de abertura que tem início pelas 22 horas, homenageia o realizador na presença de amigos e personalidades que com ele trabalharam em ocasiões distintas.
Para além da exibição de algumas das suas mais emblemáticas obras ao longo do festival (Prima della Rivoluzione, Partner, La strategia del ragno, Último Tango em Paris, Novecento, La Luna, O Último Imperador, Histoire d’eaux – curta metragem de 2001 - Os Sonhadores ) o EFF’08 presta homenagem ao realizador italiano, numa noite muito especial onde será feita uma projecção de imagens que retratam alguns dos momentos mais marcantes da carreira do cineasta. E onde lhe será atribuído um prémio especial.



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Os textos com que ocupei parte do meu dia hoje:




Um festival português estrelado
Os aliciantes mais vistosos da primeira edição do Estoril Film Festival, que começa hoje no Estoril, têm a forma de nomes, ou melhor, pessoas: os realizadores Stephen Frears, Agnès Varda e possivelmente Bernardo Bertolucci, os escritores Paul Auster, JM_Coetzee (prémio Nobel da Literatura), os actores Michael Pitt, Catherine Deneuve, Louis Garrel, Mathieu Amalric (o vilão do novo 007) e Valeria Bruni-Tedeschi.
«É uma teia de conhecimentos que tenho de 30 anos de experiência e de admirações mútuas, que existe entre os artistas. Uns nomes chamam os outros e é isso que nos permite reunir um bom elenco», explicou ao Destak Paulo Branco, o director do Estoril Film Festival. Na véspera do evento que começa hoje, a azáfama era muita no Centro de Congressos do Estoril, «para que tudo corra como planeado e existam poucos improvisos». O mais maleável é a presença das estrelas. O francês Vincent Cassel cancelou a vinda «por imposição da sua distribuidora», mas «é possível que amanhã [hoje] o Bernardo [Bertolucci] apareça», revela Paulo Branco.
O experiente produtor espera ainda «poder mostrar artistas-surpresa durante o festival, como aconteceu o ano passado [com Lynch]». Para além dos encontros com o público, sessões de leitura, workshops com os protagonistas e exposições (este ano há as «fotos incríveis de Luis Buñuel e os retratos entusiasmantes de Marie-François Banier», diz o responsável do evento), há os filmes.
A homenagem a Bernardo Bertolucci abre o festival esta noite, devendo contar com a presença do próprio e do seu elenco mais famoso, Michael Pitt e Louis Garrel. Há depois as homenagens ao imaginativo Tim Burton (Branco não esclarece se irá aparecer) e ao falecido Paul Newman (na sua vertente como realizador).
Fora de competição serão exibidos em antestreia nacional os mais recentes filmes Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, Werner Schroeter, Nuit de Chien, David Mamet, Redbelt, Agnés Varda, Les Plages d’Agnés, entre outros.
O experiente e intenso realizador Jean-François Richet, irá estrear mundialmente o segundo episódio da saga Mesrine,este sábado às 22h. Há depois em competição 14 filmes, onde se destaca o único português, 4 Copas, de Manuel Mozos. Não irá faltar a magia da luz do projector na tela branca nem um convívio único com mestres do cinema mundial e das artes.


FICHA
Estoril Film Festival
Onde Centro de Congressos; Casino Estoril; Teatro Mirita Casimiro
Quando Entre esta sexta-feira e 22 de Novembro
O quê Filmes europeus (em competição), de todo o mundo, fora de competição; workshops; encontros com actores; exposições.
Programa www.estorilfilmfestival08.com

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Entrevista a Paulo Branco



O stress aumenta muito na véspera do filmes?
Não é bem stress, é mais preocupação para que tudo corra como planeado, que exista o mínimo possível de improviso, que acaba por existir sempre quando se organiza um festival destes com os meios pequenos. Dependemos imenso da boa vontade de muitas pessoas, por isso é coordenar tudo. Há pessoas que deixam de poder vir e outras que finalmente se disponibilizaram. Saber se os filmes que cá estavam estão correctos, se não há enganos. A parte burocrática, das acreditações, venda de bilhetes. Receber os convidados para que se sintam confortáveis, que não lhes falta nada. É nestes dias mesmo antes do festival que nós nos preparamos para as eventualidades que possam existir. É evidente que há sempre o imponderável e as complicações.

O ano passado foi o ano zero?
Este para nós é que é a primeira edição, porque já tivemos mais tempo, o outro foi preparado num espaço de tempo muito curto. É um programa muito mais ambicioso e que reflecte muito mais aquilo que pretendemos que este festival seja. Temos grandes nomes da cultura e do cinema, períodos de reflexão e grandes filmes.
Uma das coisas que estou mais orgulhoso é a exposição que temos este ano, que tem uma dimensão considerável, com as fotografias de Marie-François Banier e as fotografias inéditas do Luis Buñuel. Temos um júri que me orgulho de cá estarem todos e temos filmes em competição que não sendo conhecidos, são surpreendentes e acredito que vai agradar ao público.

Foi difícil de reunir este elenco de júri e de estrelas?
É difícil no sentido que têm de estar disponíveis. São pessoas que têm compromissos que os impedem de dispor assim de 10 dias. Por exemplo o arquitecto Miguel Barceló esteve cá o ano passado e para a semana vai inaugurar a célebre cúpula da ONU em Genebra e quando cá passou ia num instante a Genebra dar uns retoques.

Como surge o tipo de convites, como por exemplo ao prémio Nobel da literatura e, 2003 JM Coetzee?
O Coetzee não o conhecia, como acontece com outros. Enviei um convite através do agente e ele respondeu logo muito amavelmente, porque tinha ouvido falar do festival através do autor seu amigo Don DeLill e depois é uma espécie de cumplicidade já que falam uns com os outros. Depois quando lhe disse que se poderia encontrar com a Catherine Deneuve ficou muito contente. O Paul Auster também o aconselhou a vir. Uns nomes chamam os outros e é isso que nos permite reunir um bom elenco. É uma teia de conhecimentos e admirações mútuas, que existe entre eles. Há sempre surpresas, porque há última da hora muitos podem não conseguir vir mas outros ainda é incerto. O Bertolucci é muito possível que venha para se juntar ao Michael Pitt e ao Louis Garrell. A Eva Green [outro elemento do filme Sonhadores] está neste momento no Japão, por razões profissionais. O Gerard Depardieu também era para vir mas devido ao grande drama que lhe aconteceu [morte do filho] foi descansar para a Austrália.

Acha que pode haver surpresas durante o festival?
Eu espero que sim, o ano passado houve uma grande surpresa guardada para o final, nos descontos do jogo [Lynch], e este ano também é possível. Custa-me avançar nomes porque depois podem não vir. Foi o que aconteceu ao Vincent Cassell, que tinha tudo marcado para vir mas a distribuidora do novo filme dele em França não o deixou à última da hora por compromissos contratuais. Com imensa pena dele, que gosta imenso de Portugal. São coisas de acontecem.
Mas ter cá o Stephen Frears, o Coetzee, o Bernardo [Bertolucci], Agnés Varda, Valeria Bruni-Tedeschi, este júri, Michael Pitt, Mathieu Amalric – que é uma personagem muito peculiar como realizador e actor, que começou como estagiário do João César Monteiro em França (risos) –, é de satisfação.

Em Portugal não é normal um festival ter tantas estrelas juntas… normalmente há no máximo uma estrela estrangeira…
E conseguem uma estrela com cachets que aqui não acontecem. Se pagássemos grandes cachets tornava o festival impossível. As pessoas têm que vir porque lhes apetece vir e se sentem bem. Penso que o ano passado foi possível a essa cumplicidade e confiança que se estabeleceram nestes 30 anos de trabalho e de cinema. Estou ainda há espera que o John [Malkovich] venha numa próxima oportunidade porque tem uma peça a estrear no final do mês no México, calhou mesmo mal.
O Stephen Frears o ano passado não podia, este ano vem. Se o festival tiver continuidade pouco a pouco consolidamos o projecto. Que seja um encontro em que o público disfrute com estas pessoas que são grandes artistas mas ao mesmo tempo pessoas muito simples e iguais a todos nós. É isso que é interessante.

Fala-se que este é uma espécie de Cannes português, pela visibilidade que começa a ter…
Eu não queria categorizá-lo. Cannes demorou 30 anos a afirmar-se como grande festival mundial, a seguir há três ou quatro grandes festivais onde os filmes importantes querem estar presentes. Como Veneza, Berlim e San Sebastian também tem crescido bastante. Toronto é mais um mercado, onde é mais um festival industrial. Depois há imensos pequenos festivais, há 600 ou 1000… Tentamos encontrar o nosso espaço particular. Não queremos ser o Estoril e que o Estoril seja um nome que ao longo dos anos vá construindo uma reputação para quem quer ver bom cinema e reflectir onde se encontra o cinema, problemas e o seu fascínio… é isso que queremos acompanhar. É isso que eu gostaria que o Estoril fosse. A minha concepção de um festival é que tenha uma categoria própria.

A nível de programação, quais os critérios?
Por um lado queremos mostrar o que de melhor há na produção europeia, com os filmes que o comité vê durante o ano. Alguns filmes já passaram noutros festivais mas não em competição. Não queremos repetir na nossa competição filmes que tenham estado em grandes festivais para dar uma chance a outros filmes que são igualmente bons ou melhores. E passar fora de competição o que de melhor se produziu no mundo. E aí é possível ver em antestreia grandes filmes. Temos a sorte uma antestreia mundial, que é o segundo capítulo de Mesrine: L’enemie public nº 1, de Jean-François Richet. Uma das maiores produções europeias e é um realizador extremamente curioso que já trabalhou nos Estados Unidos e tem uma visão muito particular.

O próximo ano já está garantido?
Para já vamos garantir este ano. E vamos ver se conseguimos estar cá para o ano, isso também depende da confiança do Dr. António Capucho e da Câmara de Cascais e será ele que pode tirar as ilações e ver se a aposta é para solidificar.





domingo, novembro 02, 2008

Mr. Smith Goes to Washington 

A RTP2 passou esta noite o filme Mr. Smith Goes to Washington, de 1939, que revelou o talento de James Stewart como protagonista. Engraçado como rever um clássico como este pode saber tão bem, mesmo quando se trata de um filme com meios muito rudimentares comparativamente com o que há hoje. O importante é a "estória".


sábado, novembro 01, 2008

For Your Consideration 

A frase do título já virou filme e é conhecida como a frase para promoção dos filmes para convencer os jurados dos Óscares a votarem neles para as diversas categorias. Para mim, Ensaio Sobre a Cegueira merecia ir aos óscares.

Enquanto não chegam os grandes favoritos para a Variety, ficam aqui alguns indicativos da revista de entretenimento.


'Wall-E'


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