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terça-feira, maio 31, 2005

Stone e Slater presos 


Slater Arrested for Alleged Groping
NEW YORK - Actor Christian Slater was arrested early Tuesday and charged with groping a woman on a Manhattan street, police said.
Slater, 35, was accused of touching the woman's buttocks near 93rd Street and Third Avenue on the Upper East Side around 1:50 a.m., said a police spokesman, Detective John Sweeney.
The woman, who was not identified, flagged down police to report the incident, Sweeney said. Slater was found nearby and the woman identified him as the man who groped her.
Slater, who's appearing on Broadway in "The Glass Menagerie," was arrested on a charge of third-degree sexual abuse. He was expected Tuesday in Manhattan Criminal Court. in AP


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Filmmaker Stone arrested on drug, alcohol charges
SAN FRANCISCO (Reuters) - Academy Award-winning filmmaker Oliver Stone was arrested on drunken driving and drug charges at a police checkpoint in Beverly Hills, California, authorities said on Saturday.
Stone, who won best director Oscars for "Platoon" and "Born on the Fourth of July," was released on Saturday morning after posting $15,000 bond, said Sgt. John Edmundson, a spokesman for the Beverly Hills police department.
Police arrested Stone, 58, on Friday night at a checkpoint on Sunset Boulevard near the border of Beverly Hills and West Hollywood, he said.
Stone, driving a Mercedes, was one of nine arrests at the checkpoint set up as part of a statewide crackdown on drunken driving during the Memorial Day weekend.
Police would not release details of an intoxication test on Stone or the type of drugs in his possession.

Antestreia de Batman Begins em Tóquio 

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Film director Christopher Nolan, Japanese actor Ken Watanabe, actress Katie Holmes, actors Liam Neeson, Morgan Freeman and Christian Bale pose for photographers during the world premiere event of the movie 'Batman Begins' at the Roppongi Hills Arena, in Tokyo, Tuesday 31 May 2005. The movie will hit the screens in Japan as of June 18th. EPA

Em Portugal Batman - O Inicio, estreia a 23 de Junho.

Festival de Curtas de Vila do Conde 



Vila do Conde: festival com recorde de inscrições estrangeiras
O número de filmes estrangeiros candidatos a participar no 13º Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde bateu este ano novo recorde, com um total de 2.477 inscrições, anunciou esta terça-feira a organização.
Segundo a organização do festival em comunicado, este valor representa um acréscimo de 500 inscrições em relação à edição anterior, colocando o certame no grupo dos mais representativos da Europa ao nível das curtas-metragens.
O festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde arranca dia 2 de Julho e prolonga-se até dia 10.
Os 2.477 filmes são provenientes de 76 países, dos quais os mais representados são a França (358 filmes), Reino Unido (280), Alemanha (226), EUA (179), Brasil (125) e Espanha (113).
A ficção domina as inscrições, com 49% dos filmes, seguindo-se a secção experimental (18%), documentário (15%), animação (14%) e vídeo musical (4%).
Do total, a organização do festival seleccionou 54 curtas-metragens, que irão disputar os cinco grandes prémios da competição internacional, dos quais 37 são europeus, 10 americanos, sete asiáticos e dois australianos. --- in Lusa

segunda-feira, maio 30, 2005

Paul Bettany é o albino do Código 


[Paul Bettany vai parecer ao lado de Helena Bonham Carter no filme, Meu Amor, Minha Perdição, que estreia esta semana em Portugal.]

> Agora que as filmagens para a adaptação do bestseller de Dan Brown vão finalmente começar, eis que foi anunciado o casting de mais uma personagem fundamental na história de O Código. Silas, o fanático albino vai ser interpretado pelo inglês Paul Bettany, que vimos recentemente na comédia romântica Wimbledon. O actor junta-se assim a Tom Hanks, Jean Reno, Audrey Tautou, Ian McKellen e Alfred Molina, para dar vida às personagens intrigantes que giram em torno de O Código.

White Noise 


ver post completo sobre o filme

O mundo do cinema é assim, tem a capacidade de incutir no nosso "espiríto", nas nossas mentes, determinados medos e reflexos relacionados com o que vimos.
Um filme da categoria de horror, thriller intenso ou terror tem, de certa forma, essa missão. Abalar-nos um pouco. Fazer a adrenalina subir como se de um desporto radical se tratasse. Há quem adore e sinta quase dependência deste tipo de adrenalina baseada em filmes de horror. É um género que me fascina por várias razões. Porque o cinema não tem de ser sempre agradável, ou simplesmente interessante e intenso, pode também demonstrar um carácter mais incisivo usando e abusando dos nossos medos, das nossas incertezas com o que desconhecemos desde os primórdios dos tempos, mas que sempre acreditámos ter algo de sobrenatural, mesmo quando pensávamos que não acreditávamos.
A morte, os ferimentos, o sofrimento mais agonizante e o sobrenatural são assuntos predilectos do horror. E há que dizê-lo: é receita garantida de adrenalina do medo!! Isto quando é bem feito, claro. O cinema de horror é também uma arte. Permite ao realizador jogar com o espectador. Até é mais brincar. Estamos nas mãos dele. A música tem um papel fulcral, sabemos que vai acontecer alguma coisa. Num filme mal feito, é de tal forma previsível, "batido" (clichés) e "desensaborado" que não nos causa nenhum tipo de reacção abrupta. Mas quando é bem feita e o tema é bem forte pode causar a tal adrenalina única e horripilante que nos pode acompanhar bem para além daqueles 101 minutos.
Quando me refiro a 101 minutos estou a ser específico. Falo do filme White Noise [em português deram-lhe o nome de Ruídos do Além].

Título original: White Noise
Realização: Geoffrey Sax
Intérpretes: Michael Keaton, Deborah Kara Unger, Chandra West, Ian McNeice, Sarah Strang, Nicholas Elia
Origem: EUA/Canadá/Grã-Bretanha, 2005
Estreou: 26 de Maio de 2005
www.whitenoise.com
Classificação: 3.0

O FILME. White Noise é sobre um homem bem colocado na vida, divorciado e com um filho, que voltou a casar. Depois da mulher morrer num acidente (?) ele começa a receber chamadas a meio da noite e mensagens primeiro com um barulho estranho e depois com a voz da esposa morta a chamá-lo.
Perturbado pelos telefonemas e pela morte da mulher, a personagem de Michael Keaton, Jonathan Rivers, vai procurar um homem que utiliza os chamados FEV - um mecanismo de gravação de som e imagem, por onde, ocasionalmente, espiritos poderão comunicar a que os americanos dão o nome de Electronic Voice Phenomena (EVP). Este homem vive obcecado por esta comunicação com espiritos há já alguns anos, gravando constantemente K7´s video e audio que lhe trazem informações do mundo dos mortos. Muitas vezes quando eles querem comunicar com os vivos. Jonathan Rivers começa assim a sua saga na tentativa de comunicar com a mulher que mais tarde acaba em obcessão, semelhante à do especialista que acaba por morrer em contornos assustadores. A casa do especialista aparece quase destruida por dentro e entre os escombros está o homem experiente morto. É que para além dos espiritos que querem dizer coisas positivas a familiares, existem os outros...

[aqui quase que parece uma reminiscência ao filme The Others...]

Jonathan, que partilha a a dor da perda com outra das "clientes" do especialista, Sarah Tate (Deborah Unger) vai pegar no método do especialista e implementá-lo na sua casa, com vários televisores sempre a gravarem. Entre as mensagens que lhe chegam de pessoas mortas, chegam também de pessoas que irão morrer - uma antevisão do futuro - onde ele acaba por ajudar e sentir-se perto de um justiceiro ou salvador. Mas o filme não tem nada a ver com isso e é sol de pouca dura. Ele é ludibriado por espirítos que não querem propriamente o bem e com isso provoca arrepios na espinha de muita gente na audiência. Não conto mais para não estragar...
O final desiludiu um pouco, mas não sendo um filme excelente é um filme assustadoramente BOM e muito eficaz, como há muito não se via.

ver post completo sobre o filme

Outras estreias 


Sophie Scholl – Os Últimos Dias
Título original: Sophie Scholl - Die letzten Tage
Realização: Marc Rothemund
Intérpretes: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald Alexander Held, Johanna Gastdorf, André Hennicke
Origem: Alemanha, 2005
Estreou: 26 de Maio de 2005
www.sophiescholl-derfilm.de

Sinopse:
Sophie Scholl: estudante, activista e membro do grupo da resistência conhecido como Weisse Rose (Rosa Branca), criado durante a Segunda Guerra Mundial. Os membros da Rosa Branca, principalmente Sophie Scholl, são ainda hoje respeitados na Alemanha e todas as terras têm ruas com os seus nomes, em memória dos estudantes que tentaram de forma heróica por fim a crueldade e à enorme indiferença existente na Alemanha daqueles tempos.

Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler está a devastar a Europa. Em Munique, um grupo de jovens universitários recorrem a resistência passiva como arma para combater os nazistas e a sua desumana máquina de guerra. É então que se forma o movimento de resistência Rosa Branca. Sophie Scholl (Julia Jentsch) é a única mulher do grupo. Em 18 de Fevereiro, Sophie e Hans Scholl (Fabian Hinrichs) são surpreendidos a distribuir panfletos contra o regime e os dois são detidos pela Gestapo. Pouco tempo depois, foram presos os restantes membros do grupo.

Nos dias que se seguiram, no interrogatório de Sophie com o oficial da Gestapo Mohr (Gerald Alexander Held), desenvolve-se um intenso duelo psicológico. Ela mente e nega, desesperada por proteger o seu irmão e os restantes companheiros. Mohr oferece uma saída a Sophie para escapar à morte, mas ela recusa-se a trair os seus ideais. Mas a partir do momento em que fica a saber que o irmão confessou tudo, Sophie deixa de mentir. “Eu fiz tudo…e orgulho-me disso”.
Vencedor de dois Ursos de Prata no Festival de Berlim – Melhor Realizador para Marc Rothemund e Melhor Actriz para Julia Jentsch.

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O Lado Bom da Fúria
Título original: The Upside of Anger
Realização: Mike Binder
Intérpretes: Joan Allen, Kevin Costner, Erika Christensen, Evan Rachel Wood, Keri Russell, Alicia Witt, Mike Binder
Origem: EUA/Alemanha/Grã-Bretanha, 2005
Estreou: 26 de Maio de 2005
www.UpsideofAnger.com

Sinopse:
> Terry Wolfmeyer (Joan Allen) é uma mãe e esposa dedicada, cuja vida sofre uma reviravolta quando o marido subitamente sai de casa. Não conseguindo lidar com a situação, Terry começa a desentender-se com as quatro obstinadas filhas (as actrizes Erika Christensen, Evan Rachel Wood, Keri Russel e Alicia Witt) e a afogar as mágoas no álcool, acabando por se envolver num inesperado e desastrado relacionamento com o vizinho do lado, Denny (Kevin Costner).
A outrora estrela de basebol, agora animador de rádio, Denny torna-se no companheiro de copos de Terry, sendo "adoptado", como pai, pelas quatro irreverentes adolescentes. Tudo se complica quando as jovens tentam interferir na cómica e desajustada relação amorosa da mãe.
Escrito e realizado por Mike Binder, que também interpreta o papel de Shep, o produtor de rádio de Denny.

Margarida Gil 



Título original: Adriana
Realização: Margarida Gil
Intérpretes: Ana Moreira, Vitor Correia, Bruno Bravo, Isabel Ruth, José Airosa, Raul Resendes, Carla Maciel, Paula Só
Portugal, 2004
Estreou: 26 de Maio de 2005
www.atalantafilmes.pt/2005/adriana/

[Aqui está o novo filme da minha ex-professora Margarida Gil.]
> Uma ilha mítica no arquipélago dos Açores onde se instalou o luto, um homem decreta que nunca mais haverá sexo nem filhos...

A ilha vai ficando deserta e ele, abastado patriarca, decide enviar a sua filha, Adriana, para o continente “constituir família por métodos naturais”. Vamos acompanhar as aventuras de Adriana à procura de um homem que a faça procriar um filho e assim garantir a descendência na ilha.

Depois de «O Anjo da Guarda» (1999), a realizadora Margarida Gil, apresenta-nos com «Adriana», nas suas palavras, um "verdadeiro road-movie, odisseia sexual e photomaton do Portugal de hoje com as suas múltiplas vozes, cores, pronúncias, cantos, classes e trabalhos", "um exercício de ironia, benevolente mas por vezes cruel sobre o Portugal de hoje, com as suas muitas e variadas vozes".

«Adriana» foi exibido na última edição do Festival IndieLisboa e foi premiado com o Prémio Tóbis para Melhor Filme Português.

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BIZARRA MISSÃO DE UMA MULHER À PROCURA DE HOMEM FÉRTIL
A história começa em jeito de novela rural, com a protagonista Adriana (Ana Moreira) a crescer numa ilha imaginária dos Açores onde é proibido o contacto sexual entre os habitantes. À medida que o tempo passa, a população teme a extinção e o pai de Adriana incumbe-a de uma missão que, para os dias de hoje, soa a pitoresca: a jovem tem de viajar até ao continente para "constituir família por métodos naturais".
As premissas de Adriana, o sexto trabalho para cinema de Margarida Gil e única longa-metragem portuguesa presente no IndieLisboa, transportam o espectador para o paraíso natural do arquipélago açoriano (filmado com engenho pela realizadora), feito de tradições e de sotaques cerrados. Contudo, não deixa antever o que se vai passar de seguida, a partir do momento em que a protagonista aterra no Aeroporto de Lisboa: Adriana chega ao "País das Maravilhas", à grande cidade, e, com a mudança, o filme avança para o registo da comédia urbana e desconexa.
Depois de ser assaltada antes de chegar ao seu destino, a jovem é acolhida por uma estranha senhora que fuma cachimbo, Estela (Isabel Ruth), e pelo seu filho Saturnino (Bruno Paiva), um travesti que lhe vai mostrar a diversão nocturna da cidade. Entre o humor non-sense e o melodrama com leves traços "almodovarianos" (em que nem sequer faltam as doses habituais de androginia sentimental), Adriana vai perdendo a inocência e desprendendo-se da sua "missão".
Presente na sessão de antestreia, na segunda-feira, Margarida Gil elogiou o "espírito inovador" e arrojado do IndieLisboa, adjectivos que, a seu ver, se podiam aplicar à estrutura dramática de Adriana. A obra recebeu, em mais do que uma ocasião, aplausos do público e a reacção é fácil de explicar: além de conter momentos genuinamente cómicos (como os protagonizados pela arara vermelha Lola, que fala de mais), ADRIANA surpreende pela forma como contraria o sentido de dispersão que caracteriza alguma cinematografia nacional. A protagonista chega a andar à deriva, nas ruas apertadas do Bairro Alto ou junto ao Cais do Sodré, mas existe sempre um elo de cumplicidade com o espectador. Destaque para o desempenho de Ana Moreira na pele de uma jovem provinciana.
Rui Pedro Vieira, in DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 27.04.2005

domingo, maio 29, 2005

Os Inocentes 



Os Sonhadores
Título original: The Dreamers
Realização: Bernardo Bertolucci
Intérpretes: Michael Pitt, Eva Green, Louis Garrel, Anna Chancellor, Robin Renucci, Jean-Pierre Kalfon
Origem: EUA/França/Itália/Grã-Bretanha, 2003
Estreou em Portugal: 6 de Maio de 2004
www2.foxsearchlight.com/thedreamers/
Classificação: 4.0

[Só vi este filme ontem à noite graças à A Dois.]

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Eva Green.

> A cultura cinematográfica não tem, obrigatoriamente, que se basear unicamente em situações mais sensuais do que sexuais. Vários são os realizadores, muitos deles prestigiados, que se aproximam, por vezes, da pornografia nos seus filmes, como é o caso de The Dreamers.
Algumas vezes parece-me abuso e descaracteriza a história. Mas neste filme a nudez e actividades sexuais dos três jovens protagonistas está bem longe da superficialidade da pornografia. Os aspectos crus e nus de preconceitos que aparecem aqui são uma consequência inevitável da história introspectiva e de auto-descoberta destes três jovens.

Uma experiência tão intensa quanto intima e pessoal é o que podemos saborear neste filme de Bernardo Bertolucci, que cativa facilmente pelos mistérios partilhados entre um irmão e uma irmã siameses que facilmente se tornam amigos intimos de um jovem americano a estudar na Paris de 1968. A relação deste trio é constamente alimentada pelo seu gosto apaixonado pelo cinema clássico e também pela música. São constantes os jogos culturais que depressa se tornam em jogos sexuais, tal é também o sinal daqueles tempos. Amor, paixão, sexo, muita nudez, cultura cinematográfica e musical e excentricidades de jovens inteligentes e interessantes que levam mais além o seu aparente à vontade uns com os outros.


Uma reminiscência (em forma de jogo) cultural, agora com a escultura de Venus de Milo.

Apesar da intensidade dramática num plano muito intimo e pessoal das personagens este é também um filme de época. Estes três jovens são o reflexo do Maio de 68, da sociedade da altura – apesar das suas particularidades. É constante a presença da revolução estudantil no filme, em pequenas partes. Existem dois dominios primordiais: a esfera intima da casa e a esfera pública, essencialmente com o desenhar (construir) do Maio de 68 e das ideias políticas daí adjacentes. A esfera intima predomina, mas ambas interagem uma com a outra. Aliás, mesmo a nível cultural a presença de uma banda sonora adequada composta por Jimi Hendrix, Grateful Dead, Edith Piaf e o poeta dos extremos e mais presente do que os outros, Jim Morrison, dá à esfera intima maior expressão e significado nas relações que os três jovens estabelecem uns com os outros. As reminiscências com filmes antigos e respectivas miméticas são também uma constante, os protagonistas vivem, de certo modo, dentro dos clássicos que adoram.

Vivem numa pocilga, mas vivem felizes nos seus fetiches, incertezas e inspirações. Há conflitos e discussões, mas bom senso e muitas sensações. Os pormenores incutem maior significado nos jogos intencionais e ingénuos que as emoções dos jovens nos demonstram. A história retratada é convincente e interessante. Com nudez, sexo e tudo mais que pode chocar alguns no cinema, a verdade é que a vida é feita dessas coisas e aqui estamos perante influências de uma época e fetiches de juventude. As descobertas e inspirações de pessoas complexas e interessantes.

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Eva Green. A jovem, que faz de irmã siamesa de Theo, não só é linda como poucas, mas é uma excelente actriz. Este foi o filme de estreia desta jovem francesa/sueca de 24 anos – tinha vencido um prémio de teatro antes de fazer o filme – e começou com um filme tão audaz na forma como lida com o corpo. É curioso como o cinema tem preferência para consagrar por mulheres com personalidade e carácter, como é o caso de Eva Green e também de Scarlett Johansson. Ambas, embora jovens, demonstram uma grande maturidade e têm uma beleza que não é de top model, mas é mais genuina e, por isso, verosímil. Eva Green aparece no filme de Ridley Scott, Reino dos Céus. Um filme que é uma desilusão, mas onde a actriz francesa volta a mostrar grande maturidade ao interpretar uma mulher bem mais experiente na vida e com uma carga emocional complexa que convence. No filme de Ridley Scott, Eva contracena com o seu actor preferido (para mim também), Edward Norton. Não é só mais uma actriz muito bonita, como uma actriz completa e verdadeira. (ver aqui entrevista a Eva Green)

Michael Pitt. Aparece aqui como o jovem estudante americano em Paris que se envolve com os dois irmãos siameses de uma forma apaixonante e invulgar. Depois de ter aparecido na série Dawson´s Creek, Michael Pitt tem já uma carreira variada e com participações em filmes de realizadores de primeira água. Fez The Dreamers (2003) e, de seguida, Wonderland (2003). Participou ainda em The Village (2004) e protagoniza ainda o bióbico de Gus Van Sant sobre a vida de Kurt Cobain, Last Days (2005). Uma carreira interessante e promissora.
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Uma corrida pelo Louvre, mais uma remisniscência com um filme clássico - numa tentativa de bater um recorde de tempo -, numa das poucas vezes em que os jovens saem juntos de casa. É lá que se passa grande parte da acção.


O texto seguinte é do site Cinema 2000:
"Os jovens não sabem nada sobre 68. É como se tivesse existido uma grande censura e acho que isso é completamente de loucos. Porque mesmo que tenha sido um falhanço dos sonhos revolucionários, 68 foi incrivelmente importante para a mudança do comportamento das pessoas. Tudo mudou. Em Itália, asnpessoas costumavam ser multadas por se beijarem na rua! Os miúdos de hoje, que tomam a sua liberdade como certa, não sabem que muito disso foi conquistado em 68."

BERNARDO BERTOLUCCI

Trinta anos depois de «O Último Tango em Paris», Bernardo Bertolucci voltou a chocar algumas sensibilidades aquando da apresentação do seu último trabalho durante o 60.º Festival de Cinema de Veneza, em Agosto de 2003, onde esteve na secção competitiva: «Os Sonhadores» («The Dreamers»).

Deixados sozinhos em Paris enquanto os pais partem de férias, Isabelle (a estreante Eva Green) e o seu irmão gémeo Theo (Louis Garrel, filho do realizador francês Philippe Garrel) convidam um estudante, Matthew (Michael Pitt), um jovem americano, a ficar no seu apartamento. Mas nada é inocente e os seus destinos vão interligar-se a partir desse momento. O casal de gémeos quer iniciar a sua emancipação sexual, mas precisam de alguém que os ajude, e Michael acaba por ser usado como um inocente: Theo quer que ele o separe da sua irmã e Isabelle quer que ele a separe do seu irmão.

«Os Sonhadores» conta-nos a história da auto-descoberta de três estudantes que se testam uns aos outros para ver até onde conseguem ir, numa relação de emoções muito intensa, uma verdadeira iniciação, que tem lugar naqueles poucos dias em que se fecham numa casa durante o turbulento palco político da França na Primavera de 1968, quando a voz da juventude reverberava pela Europa. Quando saem dessa casa, já são crescidos, tornaram-se adultos. E a França também já não é a mesma. É a Primavera: a Primavera de Paris, a Primavera do seu despertar politico e a Primavera dos seus corpos. Não é um filme sobre o "Maio de 68", sobre as barricadas e as lutas na rua, mas sobre uma experiência. Inesquecível. E de algo irrepetível nas suas vidas.

"Havia uma grande esperança nos jovens que nunca antes fora vista, e que também nunca mais se veria. A tentativa de mergulhar no futuro e na liberdade foi fantástica. Foi a última vez que algo tão idealista e tão utópico aconteceu. (...) «Os Sonhadores» são um lembrete, como uma peça de música ou um raio de sol repentino. É um lembrete de um período em que uma geração inteira acordou pela manhã com expectativas incríveis. Talvez porque vejo os jovens de hoje melancólicos com o futuro, quero lembrá-los de um tempo em que o futuro era positivo.”

BERNARDO BERTOLUCCI


quarta-feira, maio 25, 2005

mais filmes 


20th Century Fox Lusomundo com mais filmes
Os canais Lusomundo chegaram a acordo com a distribuidora de filmes 20th Century Fox e passaram a deter os direitos de transmissão de uma das principais distribuidoras do sector, anunciou ontem a PT Conteúdos. A proprietária daqueles canais codificados da TV Cabo, considera que "com a assinatura do contrato fecha-se um ciclo na garantia de qualidade e variedade na nossa oferta", que conta já com produções da Paramount, Sony/Columbia, Universal, Disney, Warner Bros. e Dreamworks. Em Junho, o Lusomundo Happy vai lançar um ciclo dedicado a Louis de Funés. O acordo permitirá aos outros três canais da Lusomundo estrearem novos títulos e exibir um total de cem estreias mensais. Os canais Lusomundo têm entre 250 a 270 mil assinantes, segundo o presidente executivo da PT Multimédia, Zeinal Bava.
in DN

cine 

últimas notícias do CineCartaz

25-05-2005 - Renée Zellweger entra para o Passeio da Fama

24-05-2005 - Novo recorde para Guerra das Estrelas

23-05-2005 - Festival de curtas assina 400 anos de D. Quixote

23-05-2005 - Lotações esgotadas de manhã até à noite para Episódio III

22-05-2005 - Palmarés do festival

22-05-2005 - "Odete", de João Pedro Rodrigues, recebe menção especial

22-05-2005 - Irmãos Dardenne repetem a Palma de Ouro em Cannes

22-05-2005 - Caméra d"Or para co-produção de Francisco Villa-Lobos

21-05-2005 - Imprensa francesa elogia filmes portugueses

21-05-2005 - Ecos da Croisette

terça-feira, maio 24, 2005

Cannes 

Para saber tudo sobre Cannes o Expresso ajuda:
http://online.expresso.clix.pt/dossiers/cannes/default.asp.


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Belgian directors Jean-Pierre (L) and Luc Dardenne show off their Palme d'Or award as they arrive Sunday 22 May 2005 at the Palais des Festivals in Cannes for the closing ceremony of the 58th Cannes Film Festival in honour of the cast and crew of the Palme d'Or winning movie 'L'Enfant'. EPA

cinema espanhol em alta 


«Fala com ela» eleito pela Time como o melhor da década
A revista norte-americana Time escolheu «Hable com ella» («Fala com ela»), do espanhol Pedro Almodóvar, como a melhor película desta década, numa lista com os 100 melhores filmes da história do cinema, de que estão ausentes autores portugueses.
No seu último número, posto segunda-feira à venda, a revista inclui o trabalho dos críticos de cinema Richard Schickel e Richard Corliss, que escolheram «nove grandes filmes para nove décadas», assinalando os 90 anos de existência da revista.
A lista com os melhores filmes de cada década é a seguinte:

Anos 20 - Metropolis (1927), de Fritz Lang
Anos 30 - Dodsworth (1936), de William Wyler
Anos 40 - Citizen Kane (1941), de Orson Welles
Anos 50 - Ikuru (1952), de Akira Kurosawa
Anos 60 - Persona (1966), de Ingmar Bergman
Anos 70 - Chinatown (1974), de Romam Polanski
Anos 80 - Decalogue (1988), de Krysztof Kielowski
Anos 90 - Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino
Anos 2000 - Hable com ella (2002), de Pedro Almodôvar.

A revista publica também a lista do que considera serem os melhores 100 filmes da história do cinema, acompanhando-os das críticas originais publicadas na Time.
in DD

MSN patrocina titânio 


Msn patrocina Leão de Titânio em Cannes
A Microsoft vai patrocinar o Leão de Titânio, em Cannes, através do Msn. Este galardão vai premiar a comunicação integrada, e pretende valorizar as campanhas mais inovadoras no seu media mix, incluindo vários canais e ferramentas de comunicação. O certame francês realiza-se de 19 a 25 de Junho.
in Meios e Pub

sexta-feira, maio 20, 2005

A Vingança dos Sith 


Afirmação do lado negro no fim de uma era
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith. A conclusão da saga épica de ficção científica mais memorável na história do cinema oferece-nos uma experiência espectacular bem mais “negra” e muito mais convincente do que os dois episódios anteriores. Lucas termina a saga a mostrar-nos o "meio" com o triunfo do lado negro da Força e a transformação de Anakin Skywalker na personagem assustadora, Darth Vader. Bem-vindos ao lado negro da força

João Tomé

Uma saga como a de Star Wars não só marca a história do cinema como algumas gerações de público das salas da tela “mágica”. 28 anos depois da estreia, pouco exuberante e que passou despercebida, do episódio IV da saga (1977), o mito da Guerra das Estrelas é agora um dos mais conhecidos no mundo, seguido como exemplo e com direito a todo o tipo de produtos comerciais e referências constantes nos órgãos de comunicação social.
A verdade é que apesar dos êxitos comerciais dos dois episódios anteriores, o I e II, a história não foi convincente e desiludiu os fãs dos três episódios iniciais. «A Guerra das Estrelas tem duas bases de fãs. A mais velha é fiel à primeira trilogia e não gostaram dos dois primeiros [da segunda trilogia], que são adorados de forma fanática pelos mais novos», disse em Cannes o realizador. Apesar do binómio de gostos Lucas redimiu-se agora relativamente ao carácter excessivamente ligeiro e banal dos episódios I e II.

A Vingança dos Sith tem uma história dramática intensa e convincente, uma mutação interessante nas personagens e, apesar de se falar que constituiu um «banho de sangue», não peca por exagero e mostra o que tem que mostrar. Os efeitos especiais dão-nos a sensação de estarmos a viver bem de perto os acontecimentos, as lutas entre as naves em pleno espaço têm planos mais aproximados e são uma experiência por si só.

O lado negativo no filme não é, de modo algum, o retratar do lado negro da força a crescer em Anakin Skywalker e a posterior vingança dos poderosos Sith – isso acaba por ser um elemento “apetitoso” –, é sim a brevidade com que se passa por alguns elementos intensos do enredo e alguns aspectos concretos do argumento menos bem conseguidos.

No fim deste ciclo da história do cinema, o realizador já admitiu não fazer mais episódios, somos levados para o aumento da desconfiança entre o Chanceler Palpatine e o Conselho Jedi já depois de Obi Wan e Anakin terem salvo o Chanceler das garras do exército de robôs. À medida que a desconfiança cresce, Anakin irá ser seduzido para o Lado Negro da Força, à semelhança do que aconteceu mais tarde na história, no filme o Império Contra-Ataca (episódio V), com o seu filho Luke Skywalker – que aqui vemos nascer. É a ambição desmedida e as promessas de poder do Lado Negro da Força que o vão fazer aliar-se ao poderoso Darth Sidious eliminando os Jedis num momento crítico da história.

Outro dos momentos aliciantes é a luta intensa entre o mestre e “o escolhido” (Obi Wan e Anakin). É uma luta de sabres ao melhor estilo da Guerra das Estrelas inicial: épica, emotiva e que acaba por terminar em tragédia sanguinária. É depois disso que vemos Anakin transformar-se definitivamente no Darth Vader, símbolo do poder negro, dos filmes seguintes. Mesmo no final ainda assistimos ao nascimento de Luke e Leia, personagens centrais nos três últimos episódios pela ordem normal. E há decisão que levou aos dois irmãos serem separados à nascença. Todos estes pormenores já nos tinham sido contados nos três primeiros filmes da saga (IV, V e VI) e Lucas seguiu à risca os factos permitindo também criar outros motivos de interesse.

Neste poderoso filme já se sabe o que acontece, resta ver como acontece. Não é tão negro como se ouviu falar, mas é bem mais intenso do que os anteriores. Surgem-nos personagens que já conhecíamos dos episódios IV, V e VI como CP3O, R2D2, Chewbacca. Mas aparecem todas de uma forma extremamente secundária, quem ainda intervém mais é R2D2.

O conteúdo dramático intenso e psicologicamente confuso que George Lucas incute neste elo de ligação entre o futuro da história (que curiosamente vimos no passado) e o passado – os dois últimos episódios elaborados – tornam esta “peça” que faltava cativante e mais perto do registo que tornou célebre a saga.
É um fim memorável num filme que cativa mas poderia interessar mais. Talvez não se tenham corrido outros tipos de risco para contar melhor a história, com o receio de não ser comercial o suficiente... A Força acabou, mas permanecerá na memória daqueles que a quiserem recordar.

De: George Lucas
Com: Ewan McGregor, Hayden Christensen, Natalie Portman, Samuel L. Jackson
Origem: EUA, 2005
Duração: 140 minutos
www.starwars.com



Lord Darth Vader, senhor do lado negro
Respiração metálica por trás de uma máscara negra e de linhas assustadoras. Um fato e uma capa como um qualquer príncipe das trevas. Darth Vader nasce para a vida do lado negro neste episódio.
A personagem assustadora desenvolve-se ao longo do filme, mas ao contrário do que se pensava, só aparece na forma e com a voz que o tornou célebre mesmo no final do filme. Tal como no primeiro episódio elaborado por George Lucas, o IV da saga, voltamos a vislumbrar, ainda que por breves minutos, um Darth Vader imponente e impiedoso que guarda rancores e ambição desmedida.
É, aliás, a ambição sem limites que afasta o jovem “escolhido” Anakin para o lado mais negro da força. [SPOILERS] A ajudá-lo, persuadi-lo e manipulá-lo está outra personagem que finalmente se revela, o imperador Palpatine – que acaba por voltar a assumir a figura que aparece no episódio VI, o Regresso do Jedi, o último pela ordem da história da saga. «Junta-te ao lado negro e terás poderes ilimitados, poderemos governar a galáxia», diz o senador Palpatine a um Anakin em transformação. Outro dos argumentos mais influentes do Chanceller é concencer Anakin que com o lado negro poderá ressuscitar a sua mulher Padmé, visto que o jovem Jedi sonhou com a sua morte no parto. São misturas de vários sentimentos que poderemos encontrar na transformação principal da história.

ERRO. A legendagem e tradução do filme têm erros grosseiros como chamar a R2: Artoo. Ou chamar a C3PO de: Treepeo. Convém ser alguém com algum conhecimento dos filmes anteriores a fazer a tradução.


novo filme de época português 



"A Ilha dos Escravos" será rodado em Portugal, Brasil e Cabo Verde
A rodagem do filme "A Ilha dos Escravos", do realizador português Francisco Manso, começa em Setembro no Brasil, seguindo depois para Cabo Verde e Portugal, os países cenário desta longa-metragem de época.
De acordo com a produtora CINEMATE, que celebra sábado, em Lisboa, um protocolo com o estado brasileiro de Alagoas, o início das filmagens está marcado para 07 de Setembro em Maceió, no Brasil.

O protocolo entre a produtora CINEMATE e o Governo de Alagoas, que visa garantir a viabilidade das filmagens no Brasil, será assinado na presença destas entidades e do secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, disse à Agência Lusa fonte do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM).
Com argumento de António Torrado e banda sonora de Mário Lúcio, este novo trabalho de Francisco Manso é um filme de época, passado em 1852, que aborda a escravatura e uma conspiração político- militar.

Uma paixão de um escravo negro pela patroa branca decorre num momento histórico de levantamento de tropas na cidade da Praia, instigado por oficiais portugueses desterrados para a ilha cabo- verdiana em consequência da derrota dos partidários do infante D. Miguel.
Como actores participam Diogo Infante e Vítor Norte (Portugal), Zézé Mota e Francisco Assis (Brasil) e Mano Preto (Cabo Verde), entre outros.
O filme recebeu um apoio de 450 mil euros no Concurso de Apoio Financeiro Selectivo a Co-Produções com Países de Língua Portuguesa 2004 e a rodagem decorrerá ainda na Cidade da Praia (Ilha de Santiago, Cabo Verde) e em Lisboa.
in Lusa

quinta-feira, maio 19, 2005

cannes continua a deslumbrar 

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Actriz indiana.

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Natalie Imbruglia.

quarta-feira, maio 18, 2005

adeus 



The Austrian-Swiss actress Maria Schell(C)a star of the German-speaking cinema that won fame in Hollywood, seen here in 1957 flanked by actors Jean Marais(L) and Marcello Mastroianni, has died at the age of 79 at her home in southern Austria(AFP/INTERCONTINENTALE/File)


Clássicos em DVD 


in DN, crónica de João Lopes.

Na terça-feira, os cerca de quatro mil jornalistas que acompanham o Festival de Cannes receberam, nos respectivos cacifos, informações que não tinham a ver com nenhum dos filmes a concurso. Era uma caixa sobre James Dean, cuja morte ocorreu há meio século (a 30 de Setembro de 1955). A caixa tinha apresentação e formato típicos de um DVD, e não era por acaso promoviam-se as reedições dos filmes de Dean, já que Cannes está a servir de montra internacional para o relançamento de A Leste do Paraíso, Fúria de Viver e Gigante, a par de um novo documentário, James Dean Forever Young, de Michael J. Sheridan.

Não se julgue que se trata de um caso isolado, justificado por motivações "cinéfilas". Nada disso a verdadeira avalancha do DVD, com vendas em crescimento constante, está a transfigurar por completo o mundo dos filmes, desde as estratégias industriais até ao funcionamento dos mercados. Na prática, cada filme tende a render nos circuitos do DVD pelo menos tanto quanto nas salas (muitas vezes, mais).

Distribuída em Cannes, uma edição especial de DVD Exclusive (publicação que integra o grupo do jornal Variety) faz manchete com aqueles que apelida os "heróis" do DVD, ou seja, os actores com melhores performances nesta área específica do mercado. É um sintoma, afinal, da reconversão por que está a passar o próprio star system. Um exemplo Denzel Washington. Ele pertence à galeria de estrelas cujos filmes em DVD muitas vezes ampliam o impacto que conseguiram nas salas. Observe-se o caso de Homem em Fúria, de Tony Scott rendeu 78 milhões de dólares nas salas dos EUA, tendo já acumulado 130 milhões no DVD.
ver mais

terça-feira, maio 17, 2005

Lucas à vontade 


Resumo de uma entrevista da BBC a George Lucas
Having finally completed almost 30 years of work on his Star Wars project, director George Lucas talked to me about the shifts in American politics, movie technology and the status of his work since the premiere of the first film in the series in 1977.

George Lucas speaking to Mark Lawson in Cannes
This week, the release of Revenge of the Sith completes a six-movie, 15 hour sequence in which the trilogy of films released in the last six years (The Phantom Menace, Return of the Clones and now Revenge of the Sith) form a prequel to the original Star Wars films released between 1977 and 83, numbered parts IV-VI (A New Hope, The Empire Strikes Back and Return of the Jedi).

They tell the story of the conflict between the Empire and the Republic and the corruption and desertion to the dark side of Anakin Skywalker, an idealistic freedom fighter who becomes Darth Vader, a father doomed to fight against his son, Luke Skywalker, inheritor of his original idealism.
The transformation of Anakin into Darth Vader is the key moment in the latest and final film.

When I have interviewed George Lucas in the past, he has seemed reticent, defensive and bemused about the movies.
But this time - perhaps because the three decades of work on one project is now over - he was relaxed and analytical, discussing how a political fantasy first fuelled by Vietnam, Watergate and the Cold War has now turned into an oblique commentary on the Bush administration and the Iraq War.

He also talked thoughtfully about the effect on cinema of the two biggest technical developments in the period over which the Star Wars films were made: computerised special effects and the rise of the DVD.
He also, as a former anthropology student, reflected on what it has been like to create a cultural myth which wins obsessive, almost quasi-religious interest from some fans.
in BBC

Desporto traz cinema mundial a Portugal 

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US actor Morgan Freeman and actress Marcia Gay Harden upon their arrival on the red carpet of the Laureus World Sports Awards cerimony, Monday 16 May 2005, at the Casino of Estoril. EPA/TIAGO PETINGA

O Laureus trouxe grandes actores a Portugal. Quem diria. Cuba Gooding Jr. andou no domingo (também veio para o Laureus) pelo Olá Love 2Dance onde foi circundado por vários VIPS portugueses a prestarem vassalagem. O fantástico jornal 24 horas tem fotos e tudo... de vez em quando apanham alguma coisa de jeito...

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Teri Hatcher também esteve ontem à noite no Laureus.

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Woody Harrelson, outro.

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Jackie Chan também.

domingo, maio 15, 2005

Cannes, em forma 

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US actor William Hurt (R) jokingly grabs Mexican actor Gael Garcia Bernal (L) by the shoulder as they pose with US actress Pell James (C) Sunday, 15 May 2005 in Cannes during a photo call for the movie 'The King' by British director James Marsh, running in the 'Un Certian Regard' section at the Cannes Film Festival. EPA

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Canadian actor Hayden Christensen, US actress Natalie Portman and US actor Samuel L. Jackson pose Sunday 15 May 2005 during a photo call for the movie 'Star Wars - Episode III: Revenge of the Sith' by US director George Lucas, running out of competition at the Cannes Film Festival. EPA

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British actor Antony Daniels, Scottish actor Ian McDiarmid, Canadian actor Hayden Christensen, US actress Natalie Portman, US actor Samuel L. Jackson, US director George Lucas and US producer Rick McCallum pose Sunday 15 May 2005 during a photo call for the movie 'Star Wars - Episode III: Revenge of the Sith' by , running out of competition at the Cannes Film Festival. EPA

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US socialite Paris Hilton poses Saturday 14 May 2005 as she arrives at the Palais de Festival in Cannes prior the screening of the movie 'Kiss Kiss Bang Bang' by US director Shane Black, running out of competition at the Cannes Film Festival. EPA

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US actress Michelle Monaghan (C) and US actors Robert Downey Jr. (R) and Val Kilmer (L) arrive Saturday 14 May 2005 at the Palais de Festival in Cannes prior the screening of their movie 'Kiss Kiss Bang Bang' by US director Shane Black, running out of competition at the Cannes Film Festival. EPA

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US actor Edward Norton (R) arrives with a companion Saturday 14 May 2005 at the Palais de Festival in Cannes prior the screening of the movie 'Down in the Valley' by US director David Jacobson, running in the 'Un Certain Regard' section. EPA

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sábado, maio 14, 2005

Ícones 'rock'n'roll' invadem o cinema 


[A saga dos biópicos não pára........]

O novo Last Days de Gus Van Sant, centrado na figura de Kurt Cobain e ontem exibido em Cannes, é apenas um entre os muitos filmes rock'n'roll que os ecrãs vão acolher nos próximos meses. Ian Curtis, Bob Dylan, Janis Joplin, Brian Jones e Jimi Hendrix são os senhores que se seguem.

Depois de já este ano terem estreado entre nós Ray, de Taylor Hackford (míope biopic de Ray Charles) e o mais discreto e interessante Beyond The Sea, de Kevin Spacey (sobre a vida de Bobby Darin), muitos outros vêm a caminho, mas todos eles ainda em produção.

Oportuno num tempo em que se assinala o 25.º aniversário da sua morte, Ian Curtis vai ser a figura central de Closer, filme baseado no livro Touching From a Distance (Carícias Distantes na tradução portuguesa editada pela Assírio e Alvim), biografia do mítico vocalista da Joy Division assinada pela sua viúva, Deborah Curtis. O filme será rodado por Anton Corbijn, fotógrafo que captou imagens históricas da banda e filmou o teledisco de Atmosphere. O elenco ainda está por definir, mas Peter Hook, antigo baixista da Joy Division (hoje nos New Order) revelou publicamente que não lhe pareceria má a escolha de Jude Law para o papel de Ian Curtis, embora preferisse ver no seu lugar o actor Sean Harris, que já encarnou a sua pele em 24 Hour Party People, de Michael Winterbotom.

Bob Dylan será alvo de dois projectos. Um deles, Anthology Report, em registo de documentário, é da responsabilidade de Martin Scorsese. Mas o músico já fez saber que não está muito interessado em colaborar... Dylan é ainda o ponto de partida para I'm Not There, de Todd Haynes, no qual o realizador já revelou que ruminará sobre a história do músico e usará vários personagens para personificar aspectos da sua vida e obra. Do elenco deverão constar Cate Blanchett, Adrien Brody, Charlotte Gainsbourg, Richard Gere e Julianne Moore. Rumores falam de uma abordagem a Dylan no estilo compósito de Velvet Goldmine, filme de Haynes no qual este sugeria um mergulho pessoal pela herança do glam rock e da figura de David Bowie.

De produção britânica, Stoned, de Stephen Wooley (primeira obra de um veterano na produção) vai retratar a nebulosa morte, que se crê acidental, de Brian Jones, dos Rolling Stones. Leo Gregory será o mítico experimentador da pop.

Renée Zellweger vestirá entretanto a pele de Janis Joplin em Piece of my Heart, realizado por Anne Meredith. A cantora Pink também será Janis Joplin, num outro filme. Trata-se de Gospel Acording To Janis Joplin, de Penelope Spheeris. E Andre 3000, dos Outkast, espera final feliz para o confronto entre produtor e família de Jimi Hendrix para poder encarnar o mitíco guitarrista no cinema.

O mercado (sala ou DVD) espera entretanto a chegada do documentário The Nomi Song, de Andrew Horn (estreado este ano no Festival de Berlim), sobre a vida e obra de Klaus Nomi.
in DN, por Nuno Galopim

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O fantasma Cobain
"Originalmente, queria fazer um biopic convencional. Essa ideia durou pouco tempo. Mais tarde, ao ouvir várias pessoas falar sobre pequenos aspectos da vida de Kurt Cobain, como o facto de gostar de macarrão com queijo, comecei a assentá-los. E decidi rodar Last Days de uma forma muito espartana, chamando Blake à personagem. É tudo ficção, porque não temos muita informação sobre os dois últimos dias de vida do Kurt. Não se trata de uma representação rigorosa de uma pessoa, é mais um exercício poético".

Assim explicou Gus Van Sant, na conferência de imprensa do seu filme Last Days (competição), a razão porque esta não é uma biografia convencional sobre o suicídio do líder dos Nirvana, porque o destroço humano (interpretado por Michael Pitt) que se passeia pelos bosques e vagueia por uma mansão vitoriana sujo, "pedrado", titubeante e murmurando com os seus botões, é referido como "Blake" e não como "Kurt", e porque não realizou um filme linear e "dramático", mas antes algo como um ensaio, visual, sonora e emocionalmente impressionista, cheio de disjunções, elipses, planos repetidos de pontos de vista diferentes, povoado por presenças e não por personagens. E a presença mais forte de todas é a de Blake, filmado por Van Sant como se fosse um fantasma a libertar-se em câmara lenta do seu invólucro corporal, alguém por quem a morte já passou e marcou para vir buscar daqui a nada.

Tal como Elephant, que ganhou a Palma de Ouro aqui em Cannes em 2003, não era directamente "sobre" o massacre do Liceu de Columbine, também Last Days não é expressamente "sobre" o homem que, como diz a sua agente (interptretada por Kim Gordon, dos Sonic Youth), "resume todos os clichés do rock n'roll. Mas só quem não quiser é que não vê que se trata de uma recriação, enviesada, opaca, mas sempre uma recriação, das derradeiras horas de Kurt Cobain antes de ter dado um tiro na cabeça e se ter transformado definitivamente numa lenda.
in DN, por Eurico de Barros

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