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quarta-feira, maio 18, 2005

Clássicos em DVD 


in DN, crónica de João Lopes.

Na terça-feira, os cerca de quatro mil jornalistas que acompanham o Festival de Cannes receberam, nos respectivos cacifos, informações que não tinham a ver com nenhum dos filmes a concurso. Era uma caixa sobre James Dean, cuja morte ocorreu há meio século (a 30 de Setembro de 1955). A caixa tinha apresentação e formato típicos de um DVD, e não era por acaso promoviam-se as reedições dos filmes de Dean, já que Cannes está a servir de montra internacional para o relançamento de A Leste do Paraíso, Fúria de Viver e Gigante, a par de um novo documentário, James Dean Forever Young, de Michael J. Sheridan.

Não se julgue que se trata de um caso isolado, justificado por motivações "cinéfilas". Nada disso a verdadeira avalancha do DVD, com vendas em crescimento constante, está a transfigurar por completo o mundo dos filmes, desde as estratégias industriais até ao funcionamento dos mercados. Na prática, cada filme tende a render nos circuitos do DVD pelo menos tanto quanto nas salas (muitas vezes, mais).

Distribuída em Cannes, uma edição especial de DVD Exclusive (publicação que integra o grupo do jornal Variety) faz manchete com aqueles que apelida os "heróis" do DVD, ou seja, os actores com melhores performances nesta área específica do mercado. É um sintoma, afinal, da reconversão por que está a passar o próprio star system. Um exemplo Denzel Washington. Ele pertence à galeria de estrelas cujos filmes em DVD muitas vezes ampliam o impacto que conseguiram nas salas. Observe-se o caso de Homem em Fúria, de Tony Scott rendeu 78 milhões de dólares nas salas dos EUA, tendo já acumulado 130 milhões no DVD.
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