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segunda-feira, abril 30, 2007

O Mistério da Estrada de Sintra 


António Cerdeira (Ramalho Ortigão) e Ivo Canelas (Eça de Queirós), em "O Mistério da Estrada de Sintra"

O primeiro romance policial português chegou a filme e posso dizer que fiquei bem impressionado.




Sobre o romance de Eça e Ramalho:
"Um certo dia, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão decidiram assustar Lisboa, com a história mirabolante de um assassinato ocorrido na estrada de Sintra.
Tendo como única inspiração a força da imaginação, começaram a escrever. Combinavam, vagamente, na véspera o desenrolar da história e enviavam o original, em forma de carta anónima, para o director do "Diário de Notícias", que a publicava diariamente.
E, de facto, o "mistério" foi lido avidamente e conseguiu preocupar os lisboetas. Houve até leitores que acreditaram nos factos narrados, e mesmo quem tivesse medo de viajar para Sintra, chegando a fazerem-se investigações policiais no local.
Tudo se resolveu quando, ao fim de dois meses, os autores se identificaram e explicaram que, afinal, tudo não passava de um belo romance. "
Breve Resumo

domingo, abril 29, 2007

Meet Joe Black 

Aqui fica uma cena que sempre me fascinou e marcou do filme Meet Joe Black (1998). É quando a personagem de Susan conhece um rapaz perfeito para si (Brad Pitt), num café, e quando estão a sair, e a pensarem que podem ter um futuro juntos, ele é brutalmente atropelado. Acontece logo no início do filme. É caso para dizer 'wow'! Aproveito e junto a cena escrita e interpretada, com a ajuda do You Tube.





EXT. CORINTH COFFEE SHOP, YORK AVENUE - DAY

The Young Man holds the door for Susan as they step out
onto the street.

Susan is staring at him now, he smiles, all open and
vulnerable.

SUSAN
I've got to go --

YOUNG MAN
Did I say something wrong?

SUSAN
No, it was so right it scares me.

YOUNG MAN
I've been thinking... I don't want
you to be my doctor. Because I
don't want you to examine me.

SUSAN
Why?

YOUNG MAN
Because I like you so much.
(a moment)
You have coffee here every morning,
don't you? If I came by, could you
give me the name of a doctor?

Another moment.

SUSAN
Sure, I'll give you the name of a
doctor.
(a moment)
...And I don't want to examine you.

YOUNG MAN
Why not?

SUSAN
Because I like you so much. Now
I've got to go.

She hurries away down the sidewalk, the Young Man watching
her. Now he turns and starts off in the opposite direction.

ANOTHER ANGLE - SUSAN

She looks back at the Young Man, then turns and walks on.

ANOTHER ANGLE - THE YOUNG MAN

He looks back at Susan as the distance between them widens,
now he turns and walks on.

ON SUSAN

She looks around once more but the Young Man is still headed
in the opposite direction, his back to her. She turns the
corner and continues on.

ON THE YOUNG MAN

Approaching the corner, he looks back for Susan yet again,
but she is gone, still turned he steps off into the street
and a hospital supplies truck, speeding down the curb lane,
HITS HIM BROADSIDE, a horrific impact, the THUD echoes as
his body arcs through the air.

sábado, abril 28, 2007

frases da tarde 


"Tinha mais medo de si do que de ser electrocutada"

in Sabrina (1995)

segunda-feira, abril 23, 2007

A descoberta 

www.makefilmsnotwar.org


in venice

domingo, abril 22, 2007

Recordar Eddie 

[delirious.jpg]


Este é o Eddie Murphy de 1982, do Saturday Night Live.
Tirado daqui.

Séries nacionais no futuro do audiovisual português? 


As séries de televisão norte-americanas de qualidade estão a inundar a televisão portuguesa em horários decentes e como alternativa às tardes de fim-de-semana repletas de filmes (a maior parte repetidos vezes sem conta). Ainda bem e tem uma explicação que vem dos Estados Unidos, onde canais de cabo como a HBO apostaram na qualidade e na inovação e deram-se bem, arrastando outras televisões consigo.

O que espero, no futuro, é que tal como as telenovelas brasileiras têm dado lugar (e completando-se) às telenovelas portuguesas, as séries norte-americanas e o sucesso que têm por cá, possam permitir séries portuguesas de qualidade (e não me refiro àquelas históricas) e que conquistem público. É preciso arriscar e dar oportunidades, tentando que o público se vá habituando. Claro que os meios norte-americanos serão sempre difíceis de bater, mas o objectivo não é de superá-los, mas sim de chegar perto, dando ficção nacional apetecível aos portugueses.

O ípsilon desta semana tem um artigo muito pertinente e curioso sobre o assunto das séries de tv norte-americanas, do Miguel Gaspar e da Joana Amaral Dias.
A revolução está a passar na televisão
93.102 DVD vendidos no início de 2007
Isto é a idade de ouro da televisão?

RTP1 estreia hoje série de época «Conta-me Como Foi»


Nate Fisher, Sete Palmos de Terra - uma das minhas séries preferidas.



ACT 18-05-2007: Nos comentários deste post, João Nunes, argumentista português (que será meu professor no workshop de escrita que estou a fazer), traz mais alguns factos para o assunto aqui tratado:


"Espera-se que o Fundo do Audiovisual, com o apoio a séries mais curtas (não telenovelas) e com apoios plurianuais às produtoras, possa contribuir para o aparecimento dessas séries de que fala: boas séries policiais, fantástico, aventura, ficção política, séries históricas que não se limitem a mostrar homens de collants a conversar numa sala de uma das sete maravilhas de Portugal, e até, porque não, ficção científica. Guionistas para as escrever, há - conheço vários."
João Nunes
# posted by João :

ípsilon 

O ípsilon, suplemento cultural do Público, está em grande forma. Muitas páginas, muita informação, mesmo que não se goste de tudo, há sempre muita coisa para ver, apreciar e descobrir.
Falando mais relativamente ao cinema, pode-se constatar que facilmente se dá poucas estrelas a filmes que não são assim tão maus. Embora exista um estereotipo de que os critícos de jornais de uma certa referência são muito esquisitos nas suas escolhas, aqui nem sempre é esse o caso. No Público as estrelas podem levar a engano. É necessário, mesmo fundamental, ler a legenda relativa à classificação por estrelas - que está longe da classificação de 1 a 5 que, por exemplo, existe nas escolas, em que um dois é inequivocamente uma negativa.

Embora goste mais de críticas boas do que propriamente da classificação, as estrelas do Público significam o seguinte:

(bola) Mau
1 estrela Medíocre
2 estrelas Razoável
3 estrelas Bom
4 estrelas Muito Bom
5 estrelas Excelente

As duas estrelas, por exemplo, são já algo razoável e, nem por isso, uma "nega". Um dos críticos de espiríto mais aberto, Jorge Mourinha, utiliza com alguma frequência as duas estrelas. Gosto da vantagem de, no ípsilon, poder-se dar meias estrelas, tipo duas estrelas e meia - é um auxílio para o crítico e para o público, quer-me parecer.


CONTRATAÇÕES. Com a ausência de um suplemento cultural no DN, o Público foi aproveitar para apostar mais na cultura - na imprensa diária estão ligeiramente sozinhos, a nível de grande aposta. As contratações (ao DN) de Miguel Gaspar (jornalista de grande "tacto" e especialista em televisão - inclusivé de séries televisivas) e Pedro Mexia só podem abrilhantar um suplemento e um jornal que se quer apelativo e de clara qualidade. Pelo que sei, no Público (secção literária) o Pedro Mexia já era muito apreciado ainda quando era concorrência, a mudança do DN permitiu que ele entrasse no jornal.

The Hottest State 


Depois de ter lido o livro de Ethan Hawke (The Hottest State), o filme esteve à altura das minhas expectativas. A sessão desta noite no excelente IndieLisboa encheu, para ver o filme escrito e realizado pelo autor Ethan Hawke, simples, mas repleto de emoção e significado. Os diálogos fizeram claramente lembrar Before Sunrise e Before Sunset, ou não fossem co-escritos pelo próprio Ethan Hawke. O realizador desses filmes, Richard Linklater, faz um cameo neste filme.
Apenas uma sugestão: senhores das distribuidoras, comprem os direitos deste filme e passem-nos em muitas salas portuguesas. Vale a pena e, cá para mim, vão ter sucesso na escolha. Dos votos que espreitei no recipiente que os recolhia no IndieLisboa, uns 90% eram 5 (de 1 a 5).

The Hottest State (2006)


Sinopse: Alguns dias antes de completar 21 anos, William, um jovem actor, conhece e apaixona-se rápida e perdidamente por Sara (Catalina Sendeno Moreno), uma sedutora e instável cantora. O filme, que é baseado no livro com o mesmo nome, escrito pelo próprio Ethan Hawke, segue a jornada de William, numa viagem pela descoberta dos extremos da paixão, da raiva e da carência. Ao procurar alguém que possa amar e que o ame, William vê-se enredado numa teia em que o passado o obriga a tomar decisões e a fazer escolhas. Uma abordagem sensível ao mundo dos afectos, das carências e da necessidade que assola todos os seres humanos: amar e ser amado.

sábado, abril 21, 2007

televisão boa 

Heroes. Estou viciado na série! Já vou no sexto episódio. Até o meu irmão de 11 anos gosta de ver a série!

Argumentistas estreantes 

O "novato" argumentista Michael Arndt, oscarizado pelo filme Little Miss Sunshine (2006), para ter tempo para escrever a tempo inteiro e acabar o argumento do filme, despediu-se do seu emprego regular, como assistente do eterno Rei dos Gazeteiros, Matthew Broderick. Arnt está, actualmente, a escrever o argumento do filme Toy Story 3.

Para provar que, mesmo nos Estados Unidos, a profissão de argumentista é complicada e é preciso ter um golpe de fortuna, talento e risco para conseguir ser bem sucedido - e Arndt foi ao ponto de vencer o Óscar no seu primeiro argumento que se tornou filme.

Entrevistei recentemente uma argumentista norte-americana, também em início de carreira, Andrea Berloff (World Trade Center (2006)), que colocarei aqui em breve.


Mais sobre Arndt
Interview to Syd Field
'Closet screenwriter' Arndt comes into light

A descoberta 

No "mundo" pequeno dos argumentistas portugueses, descobri um site/blog curioso de alguém com experiência vasta na área - coisa rara em Portugal. Chama-se João Nunes e estou a fazer um workshop em que ele participa (ainda não tive aulas com ele). Para já, as aulas ficaram-se pelo dedicado Artur Ribeiro - que já foi "extra" (figurante) na série Sopranos (que inveja).

joaonunes.com

terça-feira, abril 17, 2007

Império dos Sentidos 


INLAND EMPIRE

David Lynch ao rubro
Pode-se dizer mal dele, bemzito, assim-assim, ou até que é um génio. David Lynch dá que falar, mesmo que o seu cinema não siga tudo aquilo que as escolas de cinema ensinam, nem tudo aquilo que as receitas para sucessos de bilheteira determinam. Lynch é Lynch.

Tal como dizemos que estivemos na presença de um Picasso, quando vemos um filme de Lynch é legitímo, do ponto de vista deste leitor, dizer: é um Lynch, definitivamente. Depois do sucesso estrondoso com Mulholland Drive, INLAND EMPIRE, leva-nos para um universo não só mais confuso e, de certa forma, abstrato, como mais difícil de assimilar.

Depois de ler críticas muito desfavoráveis ao filme, ia com a certeza de ver uma massa amorfa e sem ânimo, nem sentido. Puro engano. São três horas que, sem serem fáceis, nem o pretenderem ser, mantém o espectador intrigado, em busca de sentidos, que parecem sempre existir - e esse, para mim, é o grande trunfo do filme, que se mantém vivo. Parece estar ali uma lógica perversa que nos escapa quase sempre e que é propositada para que nos escape. Sempre que pensamos que estamos mais perto do verdadeiro significado, o filme dá uma nova volta, aparece uma cena que parece cair de "pára-quedas".

Mesmo não existindo significados contínuos claros, o desafio é estar sempre a buscar desse significado: como num labirinto onde nos sentimos perdidos, mas a nossa intuição nos parece guiar por uma saída. Aqui, parece que estamos quase a chegar à saída, mas afinal não chegámos, ou teremos chegado? Só se for em parte.

Lynch, na sua mais recente obra, consegue manter o espectador, que se quer dar ao trabalho, sempre intrigado (existe uma certa provocação com o espectador) com as constantes voltas e reviravoltas que o argumento dá... Lá que é difícil de se ver, é - bem mais fácil do que ver um filme de Pedro Costa. Será que existe sentido em tudo aquilo? Dificilmente, mas que vale a pena, disso não tenho dúvidas (com a ressalva de que só conseguiria ver este filme numa sala de cinema e com um estado de espirito aberto).



Class: 4/5

Nas salas 

O que quero ir ver que já está nas salas:

Sunshine, de Danny Boyle.

sexta-feira, abril 13, 2007

Antevisão :: Grindhouse 

A capa da Rolling Stone alerta-nos com estrondo feminino para a estreia do filme Grindhouse (2007), de Robert Rodriguez, Eli Roth e o seu mestre Quentin Tarantino que em Portugal e na maioria dos países vem na versão dividida em dois filmes: Planet Terror e Death Proof. Por um lado, poderemos ver a versão mais longa de cada um dos filmes (nos Estados Unidos a versão única é mais curta) mas, por outro, teremos de esperar vários meses para ver a parte II.

www.grindhousemovie.net
Apple - Trailers - Grindhouse


As voluptuosas Rosario Dawson e Rose McGowan dão curvas a Grindhouse e, cheek to cheek, dão encanto à capa da Rolling Stone.


quinta-feira, abril 12, 2007

Frases e Ausências 

"Eles sofrem, sofrem, sofrem, e não dizem nada. Climas é um filme silenciosamente arrasador. "
Eurico de Barros, in DN

(O DN começa a dar as estreias de cinema na edição do dia, porque o suplemento 6a, pelo que percebi, acabou abruptamente... ficando o DN sem suplemento cultural. É oficial, o Público deixou de ter concorrente, infelizmente.)

domingo, abril 08, 2007

o título 

No Ípsilon (do Público) desta semana, de Jorge Mourinha:

(Não) Queres ser David Lynch?
Para se chegar ao Central, tem de se saber a morada e estar preparado para uma experiência que não tem nada a ver com os cinemas que conhecemos. Chegados ao 39 da Rosenthaler Straße, à esquina da estação de comboios de Hackescher Markt, na antiga Berlim Leste, não é a tradicional fachada de um cinema, com cartazes e uma bilheteira, que encontramos, mas um arco que dá entrada para um pátio interior. Sem outra indicação do que se esconde lá dentro a não ser um pequeno "placard" na própria parede interior do arco - anunciando "O Último Capítulo", de Darren Aronofsky, entre outros filmes - e uma fita luminescente azul suspensa do tecto que indica o caminho. Entra-se por um beco velho e escuro que faz lembrar as vielas de Alfama; mesmo que haja um bar à esquerda, não há candeeiros a iluminar, só a tal fita que, suspensa de armações de metal entre as paredes, dobra uma esquina e termina frente a uma porta de aço graffitada com um "placard" na porta e um néon vertical a azul que diz "Central". Há mais de dez anos que é um dos cinemas alternativos de Berlim, com duas pequenas salas que rodam quatro filmes por dia (documentários, produções independentes, Ovnis). A sala principal forrada a tecido negro não leva mais de cem pessoas em cadeiras vermelhas que já viram melhores dias; os altos que se instalem na última fila têm de ter atenção para não colocarem a cabeça à frente da janela de projecção; a sala não tem ar condicionado, a qualidade de som não é brilhante. Foi o sítio ideal para descobrir "INLAND EMPIRE". (...)

sábado, abril 07, 2007

Em ascensão :: Talentosa e voluptuosa 

Esteve em The Phantom of the Opera (2004), ao lado da fabulosa Emmy Rossum (20 anos), chama-se Jennifer Ellison (23 anos) e, tal como Emmy, canta e dança em Óperas e peças de teatro e é conhecida também por ser presença frequente em poses para revistas masculinas e para publicidade de lingerie. Uma beleza de talentos diversos.



quinta-feira, abril 05, 2007

Frases de Hoje 


"Se Deus fosse vivo, Ele teria um site!"

Personagem de Adriano Luz (um padre de aldeia, durante a missa), na comédia portuguesa Dot.com

A semana de estreias 

Ora aí está uma semana em que vale a pena ir ao cinema. Aconselho o espanto visual que é 300, a comédia portuguesa ligeira com algum valor que é Dot.com e mais uma obra imaginativa de David Lynch, que é Inland Empire - este último não vi, mas quero ver e é um "Lynch".

domingo, abril 01, 2007

Expectativa :: Zodiac em fotos 

Estou em pulgas para ver Zodiac (2007), o novo filme de David Fincher. Fica de seguida uma espécie de antevisão em fotos. Ver trailer aqui.




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