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domingo, abril 08, 2007

o título 

No Ípsilon (do Público) desta semana, de Jorge Mourinha:

(Não) Queres ser David Lynch?
Para se chegar ao Central, tem de se saber a morada e estar preparado para uma experiência que não tem nada a ver com os cinemas que conhecemos. Chegados ao 39 da Rosenthaler Straße, à esquina da estação de comboios de Hackescher Markt, na antiga Berlim Leste, não é a tradicional fachada de um cinema, com cartazes e uma bilheteira, que encontramos, mas um arco que dá entrada para um pátio interior. Sem outra indicação do que se esconde lá dentro a não ser um pequeno "placard" na própria parede interior do arco - anunciando "O Último Capítulo", de Darren Aronofsky, entre outros filmes - e uma fita luminescente azul suspensa do tecto que indica o caminho. Entra-se por um beco velho e escuro que faz lembrar as vielas de Alfama; mesmo que haja um bar à esquerda, não há candeeiros a iluminar, só a tal fita que, suspensa de armações de metal entre as paredes, dobra uma esquina e termina frente a uma porta de aço graffitada com um "placard" na porta e um néon vertical a azul que diz "Central". Há mais de dez anos que é um dos cinemas alternativos de Berlim, com duas pequenas salas que rodam quatro filmes por dia (documentários, produções independentes, Ovnis). A sala principal forrada a tecido negro não leva mais de cem pessoas em cadeiras vermelhas que já viram melhores dias; os altos que se instalem na última fila têm de ter atenção para não colocarem a cabeça à frente da janela de projecção; a sala não tem ar condicionado, a qualidade de som não é brilhante. Foi o sítio ideal para descobrir "INLAND EMPIRE". (...)

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