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domingo, março 15, 2009

Gran Torino e as misturas de Eastwood 

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Eastwood, o veterano durão

Duro. Implacável. Bruto. Desagradável. Velho. De voz áspera. Adverso a novos amigos. Desta forma pouco agradável se pode descrever a complexa e incrivelmente cativante personagem Walt Kowalski, interpretada em Gran Torino de forma ímpar por Clint Eastwood.

A lenda viva do cinema volta a realizar e a protagonizar, com resultados espantosos, graças a uma história difícil e actual e a uma personagem feita de propósito para ele.
A trama começa logo após a morte da mulher de Walt.

Este veterano polaco marcado pela guerra na Coreia é rude com os filhos, que já pouco se importam com o pai e com o próprio padre, um «virgem de 27 anos, excessivamente letrado que pensa que sabe o que é a vida e a morte pelo que leu nos livros».

Sozinho na casa e no bairro de sempre, Walt vai cuidando de si e do seu Gran Torino de 1972, um Ford clássico, à medida que também olha com desconfiança e a habitual dureza para os novos vizinhos Hmongs, imigrantes do sudeste asiático.

O bairro mudou de feições, predominando cada vez mais imigrantes e gangues. A sua relação com os vizinhos asiáticos começa a mudar quando este velhote assustadoramente sério impede que o vizinho adolescente, Thao, lhe roube o seu Gran Torino, obrigado pelo gangue do seu primo.

A partir daí a família de Thao impõe ao adolescente que ajude o velho rezingão e pronto para a luta, e cria-se uma amizade improvável, que vai ser gravemente perturbada pela retaliação do gangue do primo de Thao.

Um filme cheio de força humana, dura, crua e emocional, que cativa .




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"Aos 78 anos já não quero ser 'Dirty Harry'"
in Ipsilon



"Yeah, I liked the dilemmas he had to go through. I liked the message of antique America that is maybe obsolete. Walt may be obsolete." He laughs gently. "But he does learn new things. And that's what makes it interesting. You take a guy who's way out opinionated, insulting to equal opportunity" - this sounds like a phrase he's had to adjust to - "an insulter, and you put him with people where he's antagonistic as hell. And then all of a sudden he looks in the mirror and says, 'I have more in common with these people than my own spoilt, rotten family.' He's realising these folks like having him around, even though he's not particularly on the surface likable."
in Guardian

Comments:
Another great film by Clint Eastwood. He is getting really old now, will be giving his day job any day now...ha ha.
 
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