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domingo, março 01, 2009

Bedtime Stories 

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Deixo de seguida uma amostra das entrevistas/conferência de imprensa que fiz para o Destak.


Sandler vira-se para a Disney
Estive em Londres a entrevistar o elenco e realizador de Histórias para Adormecer, comédia da Disney que estreou quinta-feira em Portugal.



Adam Sandler faz comédias como protagonista há 14 anos mas, neste período e após muitos filmes, esteve sempre afastado da Disney e da comédia lá feita. Os filmes que protagonizou e escreveu até agora têm tendência para serem provocadores e arriscados, o oposto do que a Disney faz. Tudo isso mudou este ano com a estreia de Histórias para Adormecer, a comédia cheia de sonhos e esperança que Sandler fez «a pensar no meu miúdo e nos filmes que ele poderia ver».

O actor e argumentista, sinónimo de recordes de bilheteiras nos Estados Unidos, é tudo aquilo que se pensa à partida dele. Alguém sem vedetismo, com roupas simples, botas de campo, aspecto descontraído, um riso estranho e sempre pronto para a galhofa. Foi isso que vimos e ouvimos em Londres, numa conversa com os jornalistas repleta de bons momentos e pouca conversa séria, afinal o filme era para animar e não deprimir. «Vamos parar com estas perguntas e vamos olhar nos olhos uns dos outros e conhecermo-nos todos», foi a forma de Sandler “quebrar o gelo”.

O filme conta a história de um empregado de hotel cuja vida muda quando inventa histórias de adormecer com os sobrinhos e elas começam a acontecer na vida real. Quando tenta aproveitar-se do fenómeno, as contribuições dos sobrinhos complicam-lhe os planos.

Adam Sandler, que adorava as histórias de Willy Wonka quando era miúdo, explicou que improvisa histórias à sua filha de 2 anos, que está agora obcecada por comida e foi a grande razão para ele fazer este filme da Disney. «Ela obriga-me a inventar histórias sobre comida. Desde rios de geleia a lutas entre waffles e panquecas, à montanha de manteiga», disse. Sobre a rodagem foi em família: «Levávamos todos as nossas crianças para a rodagem e por isso viveu-se um ambiente muito familiar.»

Sandler: «Já fui a Portugal»
O actor juntou um elenco de amigos e pessoas que admira, incluindo o comediante britânico Russell Brandt, e o argumentista de sempre, Tim Herlihy. «Ter uma versão adulta de um filme da Disney era capaz de ser chato… mas é uma ideia», disse o energético comediante Russell Brandt (cada vez mais presente em comédias americanas), que mais parece um recordista em dizer piadas por minuto.

Rob Schneider, actor presente na maioria dos filmes de Sandler e que também esteve neste Histórias para Adormecer, fez recentemente uma campanha sobre as rolhas de cortiça em Portugal, chamada Save Miguel, para promover o seu uso na Austrália.

O Destak perguntou a Adam Sandler, quando é era a vez dele vir a Portugal? «Já estive em Portugal, adorei lá estar e espero levar o Schneider. Ele passou lá uma boa temporada e da próxima vai-me ensinar algumas coisas.»

Brandt num drama?
Já ao comediante Russell Brandt fizemos a seguinte provocação: Quando é que faz um drama nos Estados Unidos? «Provavelmente na próxima vez que fizer um telefonema por lá», explicou sem evitar rir-se. A resposta está relacionada com uma polémica recente que colocou Brandt nas manchetes dos ingleses.

O comediante aproveitou o seu programa de rádio mais arrojado e fez em directo uma chamada para o atendedor automático de uma personalidade inglesa, iniciando depois comentários jocosos sobre a neta do mesmo. Brandt arrependeu-se e pediu desculpa pouco tempo depois. Mas nem isso o salvou de muitas críticas e do fim do programa de rádio da BBC.

Brandt continuou a resposta: «Estou a fazer agora o filme Tempist, que é inspirado numa peça do Shakespeare… o que é vocês querem de mim em Portugal? Não consigo fazer as fitas do Cristiano Ronaldo, vocês chamam a isso uma comédia, não? (risos) Estou a brincar. Assim que alguém me der oportunidade posso tentar drama… eu faria um drama, sem dúvida».



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Adam Shankman
O realizador de Hairspray, que vem do mundo da coreografia e tem-se especializado em comédias, explicou que as únicas limitações pelo filme ser da Disney eram «não bater em ninguém nem ter asneiras». «E isso foi muito fácil para os actores, porque criaram-se novas oportunidades... e ainda assim continua a ser um filme de Adam Sandler», explicou.

Já o Russell Brandt foi uma grande aquisição, porque ele «é incrivelmente divertido e simpático». «Como andavam sempre na rodagem os miúdos da Keri e do Adam, não havia asneiras», disse, revelando que sente sempre pressão e receio quando está a rodar um filme, porque sente «uma responsabilidade grande quando [lhe] confiam um grande orçamento.» «Tenho tido tanto sucesso que sinto que agora elevam-me sempre a barreira. Filmes como este são feitos de forma comercial para tentarem abranger o máximo de público possível. As reacções que tenho tido é que os miúdos estão a adorar e os adultos estão a rir-se muito no filme. E era só isso que eu queria.»



Keri Russell
A actriz que faz de alvo amoroso inicialmente improvável de Sandler no filme, contou-nos que foi a série Felicity (que chegou a passar na RTP1) que lhe permitiu chegar ao cinema e dar um salto na sua carreira. Depois de ter feito uma série de filmes onde se inclui Missão Impossível III, a actriz parou para ser mãe pela primeira vez.

Foi um telefonema de Sandler que a voltou a colocar no activo antes do previsto. «O Adam ligou-me quando estava muito grávida, não o conhecia, e ele disse “tenho um miúdo agora e ouvi dizer que vais ter um miúdo. Quero fazer um filme que o meu miúdo possa ver e quero que o faças comigo”». Foi desta forma simples e directa que Keri foi integrado no projecto de História de Adormecer da Disney. «Foi divertido e diferente trabalhar com o Adam, porque ele reescreve tudo o que faz e improvisa muito, por isso tive de me deixar ir e segui-lo».

Comments:
Já participei Filipe. ;)
 
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