quinta-feira, dezembro 25, 2008
Oliveira, versão crítica
Eugénio Queiroz é jornalista desportivo, não é critico de cinema. Ainda assim é alguém com direito à sua opinião que reproduzo aqui, sobre a obra de Manoel de Oliveira. Conheço vários críticos de cinema que vêem muitos méritos na obra de Oliveira, entre os quais vários que admiro. Não vou comentar, mas vou citar:
"Por causa da efeméride, graças a Deus efémera, somos obrigados a ver trechos dos filmes do artista centenário. Verdadeiras "estuchas", exercícios quase infantis, narcisistas, naifs, porventura com alguma plastia mas, caramba, cinema é que nunca. Porque cinema é movimento, luz, acção, cadência, suspense, surpresa, delícia, deslumbramento, diversão... O que Oliveira faz são exercícios de estilos, diletantes, umbilicais, a chamada arte pela arte, que todos sabemos ser muitas vezes o refúgio dos tristes e dos incapazes.
Não sei se o problema é do país ou se o país é o problema. O que sei é que fica confrangedor ver todo este espectáculo à volta de um tipo petulante que se diz realizador de cinema. Seja. Tem esse direito. Eu, português, é que dispenso bem este tipo de porreirismo à volta de um personagem ora caquético, ora patético. Excepto, claro, na forma como ao longo de todos estes anos tem conseguido do Estado subsídios para as suas obras primárias. "
"Por causa da efeméride, graças a Deus efémera, somos obrigados a ver trechos dos filmes do artista centenário. Verdadeiras "estuchas", exercícios quase infantis, narcisistas, naifs, porventura com alguma plastia mas, caramba, cinema é que nunca. Porque cinema é movimento, luz, acção, cadência, suspense, surpresa, delícia, deslumbramento, diversão... O que Oliveira faz são exercícios de estilos, diletantes, umbilicais, a chamada arte pela arte, que todos sabemos ser muitas vezes o refúgio dos tristes e dos incapazes.
Não sei se o problema é do país ou se o país é o problema. O que sei é que fica confrangedor ver todo este espectáculo à volta de um tipo petulante que se diz realizador de cinema. Seja. Tem esse direito. Eu, português, é que dispenso bem este tipo de porreirismo à volta de um personagem ora caquético, ora patético. Excepto, claro, na forma como ao longo de todos estes anos tem conseguido do Estado subsídios para as suas obras primárias. "
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