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quinta-feira, junho 15, 2006

Da Vinci Code 

Do livro para o ecrã
Código da Vinci. A história de Dan Brown vendeu mais de 40 milhões de livros pelo mundo, inspirou muitas mais pessoas, motivou protestos da Igreja Católica e, hoje, estreia-se mundialmente em filme. O enredo apresenta-se como um resumo do livro sem o mesmo valor que a obra, com interpretações suficientes de Tom Hanks e Audrey Tautou.

João Tomé - in Destak (versão aumentada da que saiu no jornal)

Seria sempre impossível para um filme sobre o livro Código Da Vinci igualar o impacto que o livro, de Dan Brown, teve por todo o mundo, mas a película de Ron Howard (realizador de Mentes Brilhantes) mostra-se pouco ambiciosa e, sem arriscar, faz uma espécie de resumo do livro.
Perde, assim, o valor sentimental das personagens que “respiram” pouco após cada novo desafio que ocorre e até o ambiente de mistério que envolvia o livro. A aura de mistério das páginas acabou por não passar com tanta intensidade para o ecrã. Em torno deste filme, que estreia hoje em Portugal e em vários países do planeta (nos Estados Unidos estreia só amanhã) gerou-se uma enorme expectativa pelo sucesso do livro e pelas críticas da igreja à história, que fala sobre uma história de Jesus bem diferente da que conhecemos.
Os produtores contribuíram para a expectativa ao envolver em segredo o filme que só teve visionamentos para jornalistas desde terça-feira à noite, altura em que teve a sua antestreia mundial em Cannes – algo invulgar.
A verdade é que os 2 mil críticos de cinema acolheram o filme com alguns assobios de num dos festivais de cinema mais importantes do mundo. Demasiado literal e com demasiados diálogos é uma das críticas apontadas e, de facto, é o que se verifica.


O Sangue Real
Poucos são aqueles que desconhecem os traços gerais do livro de Dan Brown… mas resumindo, acompanhamos a história do historiador norte-americano Robert Langdon (Tom Hanks) que numa noite em Paris passa de convidado a fugitivo pelo assassinato do curador do Louvre, Jacques Sauniere. Mas entre os símbolos que o curador deixou para ele e para a sua neta Sophie Neveu (Audrey Tautou) entra-se na descoberta de uma sociedade secreta de dois mil anos, o Priorado de Sião, que poderá abalar os pilares do cristianismo, daí um grupo da Opus Dei onde.

As histórias do livro são assim resumidas para o filme mas o essencial está lá todo, o que motiva os 149 minutos. Apesar de não ser brilhante, existem bons cenários e a dupla Hanks (que aparece com um “look” diferente que ajuda) e Tautou é convincente apesar de haver pouco tempo para as emoções das respectivas personagens.
A busca pelo Santo Graal, aliás, Sangue Real – da linhagem de Jesus Cristo continuada pela esposa Maria Madalena –, os símbolos, códigos (muito ligados a Da Vinci) acabam por preencher o filme sobre mistérios religiosos. Este Código dá assim a possibilidade de ver o que no livro poderia ser imaginado. O sucesso é garantido, o valor como filme e experiência nem tanto.

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Class: 2,5/5
DE: Ron Howard
COM: Tom Hanks; Audrey Tautou; Ian
McKellen; Alfred Molina; Paul Bettany
GÉNERO: Drama/Thriller
ORIGEM: EUA, 2006;
149 minutos
Estreia em Portugal: 18 de Maio


Algumas personagens
Robert Langdon
Personagem central na história, é ele que irá ajudar Sophie Neveu a perceber alguns dos códigos secretos que o grão-mestre do Priorado, Sauniere, deixou para ambos encontraram o Santo Graal. Tom Hanks, de cabelo para trás, e aspecto menos novo, poderia estar melhor, talvez se Ron Howard deixasse. Curiosa é a forma de o ver decifrar códigos.

Audrey Tautou
Interpretada pela “Amélie”, Audrey Tautou, apesar de não estar mal como Neveu, parece ser um pouco frágil de mais para a personagem. Ela é a criptóloga da polícia francesa, parte na aventura que o avô, por códigos, lhe propõe. ...

Leigh Teabing
O professor obcecado pelo Santo Graal é quem dá as maiores explicações sobre a vida de Jesus – que perturbarama Igreja. Falando a Neveu e ao conhecido Langdon, conhecemos oprincipal código de Da Vinci. Ian McKellen acaba por fazer bem a transição ... numa das personagens mais bem conseguidas do filme.

Silas
A força de acção do bispo Aringarosa (interpretado por Alfred Molina) é albino, tal como no livro, e flagela-se como sacrifício por Jesus. Paul Bettany encarna bem a personagem, assustando, por vezes. É ele que, em nome da Opus Dei, perseguirá o Priorado e o Graal.

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