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domingo, dezembro 18, 2005

o cinema 

O cinema tem a vantagem de nos colocar a viver ou experienciar algo que não vivemos verdadeiramente. É uma ilusão doce ou amarga, depende, que expande os nossos limites. Pelo cinema podemos ver a vida de uma mulher, experienciar o que ela experienciou, sem sermos uma mulher. Existem múltiplas variáveis que permitem fazer ter a sensação de que vivemos mais do que verdadeiramente vivemos. Aquilo que experienciamos enquanto pessoas é o que faz de nós aquilo que somos para nós próprios, para os que nos rodeiam e para a sociedade em geral, o estado, etc. Mas o que experienciamos no cinema não é muito diferente do que fica da nossa vida. O fulcral que fica das nossas vidas é a marca que deixamos aos outros, para alguns pelo menos, a outra parte são as memórias, que desaparecem connosco e as que ficam das pessoas que têm memória de nós. O que vemos no cinema não são propriamente as nossas memórias, mas fazem parte delas e, por isso, podem-nos ensinar, excitar, assustar, entristecer ou alegrar. Uma multiplicidade de sentimentos, que podem também de ser de indiferença, os menos intensos. O curioso em tudo isto é que é uma ilusão. Eu gosto desta ilusão!

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