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sexta-feira, novembro 04, 2005

vida na antártida

A Marcha do Imperador
A Marcha dos Pinguins. Ao longe avistamos várias figuras. Parecem homens a caminhar ordenadamente em fila indiana, por um imenso manto branco e puro por onde a vista se perde.
É assim que começa um dos documentários mais bem sucedidos no Estados Unidos e em França e que promete apaixonar audiências pelo mundo inteiro.
Sem a presença do homem, o que observamos em pormenor são pinguins. O realizador Luc Jacquet tem uma estreia auspiciosa ao construir este documentário/filme que retrata 14 meses na vida das centenas de pinguins que habitam a Antártida.
Jacquet e a sua equipa seguiram os pinguins imperadores na migração anual para o seu tradicional território de reprodução, único no mundo.
A intensidade que o realizador confere à vida dos pinguins é tocante e faz desta uma viagem tão maravilhosa quanto intrigante, onde nos podemos aperceber que o planeta tem tantas vidas diferentes e bem mais complicadas do que a dos seres humanos. O filme parece querer demonstrar que os pinguins são monógamos, presenteando o espectador com uma espécie de amor ternurento entre casais de pinguins, que se torna também num drama intenso, repleto de coragem e inevitabilidades.
Depois de acasalarem no local único para o encontro, segue-se uma aventura épica de pai e mãe, em busca de alimento e preocupação pela cria prestes a nascer. O pai chega a estar quatro meses sem comer à espera que a mãe da cria chegue com alimento, enquanto ele fica a proteger o ovo, que não pode tocar no gelo. Trata-se de um filme/documentário repleto de interesse e encanto.