sexta-feira, novembro 25, 2005
opinião
Cinema no bolso - Opinião de Jorge Leitão Ramos
Enquanto o tamanho dos televisores cresce em nossas casas, com a vaga dos ecrãs plasma e LCD, a Sony inventou uma aparelho que, literalmente, nos põe cinema no bolso.
Lançada como máquina de jogos portátil, a PlayStation Portable (PSP) tinha em si a possibilidade de ler filmes, desde que no novo suporte por ela utilizado, o Universal Media Disc (UMD). A princípio, apenas a Sony começou a editar filmes naquele formato, satisfazendo as necessidades de software para o dispositivo onde, dadas as dificuldades atravessadas pela casa-mãe no domínio da electrónica doméstica tradicional, punha muito do seu enlevo. Não se esperava, então, que o cinema fosse conteúdo de valor assinalável para a PSP, mas, em breve, os números começaram a mostrar que não era bem assim. Três milhões e meio de UMSs contendo filmes foram vendidos no mercado americano nos primeiros seis meses de vida da PSP - e, de pronto, outras «majors» como a Universal, Paramount, Fox e Disney entraram no negócio. Afinal de contas parece que há muita gente com vontade de ter cinema no bolso. Em Portugal, com cerva de 30 mil PSPs já vendidas - e metade desse número de UMDs com filmes - está-se ainda numa fase remota. Mas espera-se que este Natal seja o grande «boom» da PSP e a aquisição de software é só uma questão e tempo. A Universal já entrou no terreno, para além da Sony, e outras «majors» estão para breve.
Há quem alvitre que os filmes na PSP servem apenas para manter os miúdos calados, uma espécie de «babysitter» electrónica. Mas há quem garanta que, em breve, havemos de ver adultos em viagem a ver filmes no pequeno ecrã da máquina. Em todo o caso, o que estarão a ver não será exactamente cinema, perdida a dimensão da sala, o escuro, a concentração e a continuidade. Perdida a magia da caverna, o que resta? Restam conteúdos, imagens em movimento, mas cinema, não. Ou isto é apenas uma questão filosófica?
08:56 24 Novembro 2005 - in Expresso
Enquanto o tamanho dos televisores cresce em nossas casas, com a vaga dos ecrãs plasma e LCD, a Sony inventou uma aparelho que, literalmente, nos põe cinema no bolso.
Lançada como máquina de jogos portátil, a PlayStation Portable (PSP) tinha em si a possibilidade de ler filmes, desde que no novo suporte por ela utilizado, o Universal Media Disc (UMD). A princípio, apenas a Sony começou a editar filmes naquele formato, satisfazendo as necessidades de software para o dispositivo onde, dadas as dificuldades atravessadas pela casa-mãe no domínio da electrónica doméstica tradicional, punha muito do seu enlevo. Não se esperava, então, que o cinema fosse conteúdo de valor assinalável para a PSP, mas, em breve, os números começaram a mostrar que não era bem assim. Três milhões e meio de UMSs contendo filmes foram vendidos no mercado americano nos primeiros seis meses de vida da PSP - e, de pronto, outras «majors» como a Universal, Paramount, Fox e Disney entraram no negócio. Afinal de contas parece que há muita gente com vontade de ter cinema no bolso. Em Portugal, com cerva de 30 mil PSPs já vendidas - e metade desse número de UMDs com filmes - está-se ainda numa fase remota. Mas espera-se que este Natal seja o grande «boom» da PSP e a aquisição de software é só uma questão e tempo. A Universal já entrou no terreno, para além da Sony, e outras «majors» estão para breve.
Há quem alvitre que os filmes na PSP servem apenas para manter os miúdos calados, uma espécie de «babysitter» electrónica. Mas há quem garanta que, em breve, havemos de ver adultos em viagem a ver filmes no pequeno ecrã da máquina. Em todo o caso, o que estarão a ver não será exactamente cinema, perdida a dimensão da sala, o escuro, a concentração e a continuidade. Perdida a magia da caverna, o que resta? Restam conteúdos, imagens em movimento, mas cinema, não. Ou isto é apenas uma questão filosófica?
08:56 24 Novembro 2005 - in Expresso
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