quinta-feira, novembro 24, 2005
O pequeno Chicken
O herói em cada um de nós
Chicken Little. O primeiro filme da Disney de animação computorizada consegue unir algum drama, clichés utilizados com alguma criatividade e pormenores bem divertidos para contar a história do pequeno Chicken Little.
João Tomé
E se todos fossemos animais – de diferentes raças e feitios –, mas com qualidades e defeitos humanos? É assim que deve ser encarado o novo filme da Disney, que é uma nova versão das famosas fábulas clássicas de animais. Aliás, no mundo do pequeno pinto – em Oakey Oaks –, Chicken Little, não existem humanos, apenas animais. O início do filme faz logo sorrir o espectador, ao mostrar ao alguma originalidade na forma como se “brinca” com os clichés habituais, com que costumam começar este tipo de filmes – desde o livro que se abre, à começo com: «Era uma vez». A história é simples, divertida e até comovente. A personagem de Chicken Little – na versão original o promissor Zach Braff “empresta” a voz ao pinto – é muito pequena, bondosa, no entanto, pouco compreendida. Little tem de viver com a humilhação de ter causado o pânico geral quando, por engano, anuncia à cidade de Oakey Oaks, que o céu vai cair.
Acaba gozado por todos e sente que o pai não confia nele, após a humilhação. O jovem tem como amigos escolares Abby Patada (a Patinha Feia), Runt (o porco muito gordo) e o Peixe (um peixe fora de água) – o grupo dos impopulares. Mas por entre suspense, caos e muitas situações imaginativas, o pequeno pinto vai fazer tudo para recuperar a sua reputação e agradar ao pai. Com extraterrestres, gozações aos filmes de Hollywood e alguns clichés, este é um filme familiar agradável e com uma banda sonora bem conseguida.
De: Mark Dindal
Com vozes de: VO: Brad Abrell, Zach Braff, Joan Cusack / VP: Tiago Aldeia, João Maria Pinto, Miguel Melo, Vitor Fonseca, Marcantónio Del Carlo, Pedro Lima
Género: Animação/Aventura/Família
EUA, 2005
77 minutos
www.disney.pt/Filmes/chickenlittle
Chicken Little
Determinado, inventivo…e pequenino, Chicken Little só precisa de uma oportunidade para conseguir provar que não é o pinto histérico e assustadiço que todos imaginam, principalmente ao seu pai…
Abby Patada
É a melhor amiga de Chicken Little e é crescida, sensata e muito divertida, mas luta contra a sua aparência pouco atractiva.
Peixe
Como é que um peixe sobrevive fora de água? Com um aquário na cabeça! Esta personagem não fala mas é original e divertida.
Runt
Um porco enorme com um bom coração e um gosto peculiar para as músicas mais populares de sempre.
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A Ponte de São Luís Rei
«Existe o reino dos vivos e o reino dos mortos, e a ponte entre eles é o amor», este é o mote para este drama histórico europeu com um elenco fantástico e uma história intensa e de coincidências. Realizado por Mary Mcguckian – irlandesa que fez um filme sobre o futebolista George Best em 2000 –, esta é uma adaptação do romance de Thornton Wilder com o mesmo nome, premiado com um Pulitzer. O filme foi ainda este mês premiado no 1.º Festival Internacional de Cinema do Funchal. A história une os destinos de cinco pessoas, de uma forma bem peculiar. Desde os bordéis e teatros da Lima do séc. XVIII até à majestosa corte real Espanhola; dos palácios dos arcebispos Peruanos às missões da Inquisição de Madrid; e dos santuários Incas das elevadas vilas dos Andes aos desfiladeiros da costa americana; chega-nos esta aventura de oportunidades. Talvez um acidente, talvez não, o certo é que cinco viajantes aparentemente sem qualquer ligação entre si acabam unidos num mesmo destino. Cinco pessoas que, por diferentes razões, atravessavam a Ponte de São Luís Rei quando, ao meio-dia do fatídico dia 20 de Julho de 1714, esta desabou precipitando-os para a morte no precipício por debaixo dela. Foi o destino ou a mão de Deus que os juntou naquele dia fatal, naquele sítio e aquela hora?
De: Mary Mcguckian
Com: Robert de Niro, Kathy Bates, Harvey Keitel, Gabriel Byrne
Género: Drama Histórico
Espanha/França/R.Unido, 2005
122 minutos
www.thebridgeofsanluisreymovie.com
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TAMBÉM ESTREIAM
Rize (os documentários parecem estar cada vez mais a estrear nas salas de cinema, e ainda bem. Rize é o exemplo de como um documentário pode ser tanto uma descoberta positiva – e interessante –, e ao mesmo tempo manter o espectador atento e alerta. Aqui o realizador David LaChapelle fala-nos sobre um fenómeno de dança que apareceu nas ruas dos bairros pobres de Los Angeles: o krumping. Acompanhamos este ritual tão semelhante aos rituais das tribos africanas numa Los Angeles desconhecida) Classificação: 3,5/5
Deuce Bigalow: Um Gigolo na Europa (Rob Schneider estar de volta à personagem divertida e desastrada mostrando os problemas de um gigolo moderno, agora na Europa, onde um assassino em série ataca sistematicamente os maiores gigolos europeus.)
Supercross (quem gosta de muita velocidade e acção no cinema tem aqui um bom filme. Dois irmãos vão superar a morte do pai para alcançar o sucesso no mundo das corridas de supercross)
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