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quinta-feira, outubro 20, 2005

Surpresa 

cinemateca
José Manuel Costa demite-se por razões alheias ao orçamento
Decisão não é sem precedente e acusa desgaste desde o mandato anterior
José Manuel Costa garantiu ao DN que o facto de ter apresentado agora a demissão dos seus cargos na direcção da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema - vogal da presidência com o pelouro do ANIM (ver caixa) -, "só por acaso coincidiu com a conjuntura" político-económica do País, marcada pelo debate parlamentar em torno do Orçamento do Estado, que impõe uma descida de quase 30 por cento (29,46) na verba atribuída para investimento, em 2006, ao organismo presidido por João Bénard da Costa.

José Manuel Costa, há três décadas a trabalhar na Cinemateca, adiantar-nos-ia que, enquanto quadro técnico da instituição, lhe estão acometidas "algumas funções" para além dos cargos que espera desocupar, quando tiver substituto nomeado pela ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.

Tratar-se-á, aliás, de proceder a duas substituições na estrutura directiva daquele organismo equiparado a direcção-geral, porquanto Rui Santana Brito, o outro vogal da presidência - com o pelouro do Centro de Documentação e Informação -, acabou de passar à reforma, na prática, embora a situação ainda não tenha sido divulgada formalmente por publicação no Diário da República.

Embora escusando-se a revelar as causas da atitude agora tomada, José Manuel Costa admitia-nos que a decisão acabada de formalizar, em carta que o presidente fez seguir para o ministério, não é sem precedente. Com efeito, o também docente da Universidade Nova de Lisboa (Departamento de Ciências da Comunicação), cujo mandato trienal na direcção da Cinemateca terminaria por lei em meados do próximo ano, já no terço final do mandato anterior intentara demitir-se, durante uma fase algo atribulada de mudanças, entre as instalações provisórias na Rua de D. Estefânia e a sede da Barata Salgueiro, só reaberta em 2003, após demoradas obras de remodelação. A reincidência acusa naturalmente um desgaste, que o nosso interlocutor não negou.
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