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sexta-feira, agosto 12, 2005

mais salas? 

Dois terços dos ficheiros partilhados pela Internet são vídeos
Praticamente dois terços do total da informação que é actualmente trocada em redes de partilha na Internet corresponde a ficheiros de vídeo. Os dados foram revelados esta semana num estudo realizado pela CacheLoghic, empresa de análise de tráfego online, no qual se mostra que as redes peer-to-peer são hoje a grande plataforma de difusão de cópias ilegais de filmes. Um fenómeno com crescente impacto sobre o mercado de aluguer e venda de DVD e as bilheteiras de cinema.
Apesar da falada crise na audiência do cinema, continuam a abrir salas de cinema em todo o país. De acordo com a IGAC, desde o início de 2004 até ao final do primeiro semestre de 2005 foram estreados 91 novos ecrãs, contra apenas 25 que deixaram de funcionar. O que significa que num ano e meio os portugueses ganharam 66 salas de cinema. Contas feitas, em Julho deste ano, estavam a funcionar 641 recintos, com um total de 998 ecrãs.
Entre as salas que encerraram em 2004, destacam-se, na capital, as três salas do Cinema Mundial, que agora foi transformado em espaço para teatro, as três salas do Cinema São Jorge (encerrado para remodelações) e três das salas do complexo das Amoreiras (também em remodelação). No Porto, perderam-se seis salas no Central Shopping, um espaço comercial que está também em estado de degradação.

As salas encerradas neste ano e meio correspondiam a 3977 lugares. Cadeiras facilmente recuperadas, uma vez que as 91 novas salas têm capacidade para receber mais de 17 mil espectadores de cinema.

Entre os novos recintos, destacam-se os Cinemas Millenium no Freeport de Alcochete com 21 ecrãs em funcionamento. O espaço pertence à empresa de Paulo Branco, a mesma que, no ano anterior, tinha inaugurado o complexo de cinemas Alvaláxia XXI, em Lisboa, com 16 salas. Já este ano, a empresa recorreu a um processo de insolvência para sobreviver às dívidas acumuladas. Apesar de Paulo Branco ter afirmado na altura (DN, 14/07/05) que a empresa não estava em risco, não é descabido perguntar com o número de espectadores de cinema em quebra, como serão alimentadas todas estas novas salas?
ler mais in DN

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