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sábado, agosto 20, 2005

The Island 


Uma boa ideia nem sempre faz um grande filme. A Ilha tem como base uma ideia original, interessante e fascinante que tem como base o filme The Clonus Horror (1979) e, embora não tenho visto ninguém a falar disso, tem muitos pormenores do livro de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo. No inicio assistimos a um filme promissor, que interessa e que nos leva para uma sociedade diferente em pleno ano de 2019. Assistimos a uma história sobre clonagem em que os clones servem para prolongar a vida dos 'humanos', mesmo sem saberem disso (os clones). A grande (enorme!) fraqueza do filme é a partir do momento em que se entra na parte em que dois dos clones, Ewan Mcgregor e a bela Scarlett Johansson, fogem depois de descobrirem que o seu propósito de vida não é mais do que uma ilusão. Entra-se na secção mais 'Michael Bay', com acção para dar e vender.
Aliás, é apenas acção, os diálogos são essencialmente "Run", "Go"... o exagero completo desta acção em que uma organização (uma espécie de mercenários) tenta a todo o custo impedir a divulgação dos clones na sociedade, é claro e absurdo. Explosões às montes em pleno centro de Los Angeles, sem qualquer tipo de sentido e que tira verosimilidade e sentido ao filme. Depois existe a publicidade. A Microsoft aparece com dois patrocinios, a XBox e o msn Search. Ambos inserem-se em cenas do filme que parecem ter sido colocadas de propósito no filme.
A única sequência de publicidade que resulta bem é aquela feita ao Calvin Klein, onde aparece a cara original de Scarlett Johansson a verdadeira publicidade que ela fez. A publicidade à Nokia é inofensiva, mas as outras são exageradas. Trata-se, assim, de um filme que perde com uma realização de Michael Bay. Uma oportunidade perdida para se fazer um grande filme sobre clonagem...

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