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sexta-feira, julho 01, 2005

Madagáscar 

À descoberta da selva

Um grupo de amigos cansados dos ares pesados e excessivamente confortáveis da cidade vão cavalgar numa aventura até à selva africana. Tim McGrath traz-nos um filme animado cheio de cor, onde os amigos são os divertidos animais de um zoo. Com vozes talentosas tanto na versão original como portuguesa – onde participa Bruno Nogueira e os Gatos Fedorentos – esta é uma alegria apetecível.

João Tomé - in Destak

Animais falantes, com sonhos, curiosidades e amigos que se preocupam. Em Madagáscar os humanos é que parecem os animais, tal é a humanização de um grupo de animais que viveram todas as suas vidas no Jardim Zoológico de Central Park, em Nova Iorque.
No meio de arranha-ceús e do ritmo intenso de uma cidade que nunca dorme este animais vivem aparentemente felizes com conforto, o alimento mais desejado e cuidados redobrados. Conhecemos de perto a história de quatro amigos tão diferentes quanto divertidos.
Alex, o leão (voz de Ben Stiller) é o Rei da selva urbana e a maior atracção deste Zoo dando grandes interpretações para multidões entusiastas.
Ele e os seus melhores amigos Marty, a zebra (voz de Chris Rock), Melman, a girafa hipocondríaca (voz de David SchwimmerBruno Nogueira na versão portuguesa) e Glória, a hipopótamo fêmea (voz de Jada Pinkett Smith), têm vivido num abençoado cativeiro, com refeições a horas e um público que os adora. Mas Marty começa a ter sonhos com a selva e decide seguir três pinguins (na versão portuguesa três membros do Gato Fedorento) para sair do Zoo.
Os três amigos, preocupados, tentam evitar a partida de Marty, mas por pressões de defensores dos animais acabam por ir parar à selva: o sonho de Marty e o desespero de Alex, o leão. No meio do mundo animal colorido conhecem mais sobre a sua natureza, fazendo novos amigos com os lémures (a voz de um deles é de Ricardo Araújo Pereira) e evitando novos perigos.
Alex acaba sentir-se feliz, mas quando aperta a fome isola-se para não comer os amigos. Com muita diversão e sentimentos puros, Madagáscar é um filme para todas as idades, irreverente e bem concebido.

De: Eric Darnell e Tom McGrath
Vozes: Ben Stiller, Chris Rock, David Schwimmer, Jada Pinkett Smith (V. Original) e Pedro Laginha, Rui Oliveira, Bruno Nogueira, Leonor Alcácer e os Gato Fedorento (V. Portuguesa)
Origem: EUA, 2005
80 minutos
http://dc.sapo.pt/madagascar



Um Zoo de sentimentos
Marty, a zebra aventureira.
Com vontade de sair do meio urbano do século XXI, que sempre conheceu, esta zebra de coração grande parte à aventura. É o mais destemido do grupo com soluções um espírito aberto e pronto para a… selva. Na versão original é Chris Rock a dar humor à personagem.

Alex, o leão vaidoso. Como qualquer leão que se preze Alex é o rei do Zoo. Mas a partida para a selva vai entristecê-lo e até revoltar-se com os amigos. Orgulhoso mas bom amigo a amizade acaba por prevalecer. Bem Stiller dá ânimo e força à personagem na versão original.

Melman, a girafa hipocondríaca. Sempre com a mania das doenças a personagem, que na versão portuguesa tem a voz de Bruno Nogueira é muito magra, alta e esquelética. Com medo de tudo o que a rodeia e uma elasticidade fascinante.

Glória, a hipopótamo apaziguadora. Se há alguém que consegue acalmar os ânimos é a grande Glória que está sempre pronta para ajudar e tem um sentido prático refinado. Como senhora que se preze protege e anima os amigos.

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Gatos...

...dão voz a Madagáscar

Com boa disposição e muito humor o MagaCINE foi ao CCB conversar com os Gato Fedorento sobre a sua mais recente novidade: a participação no novo filme da DreamWorks, Madagáscar. Com participações breves, Zé Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores são os pinguins em busca da liberdade. Ricardo Araújo Pereira é um lémur sabichão. Bem-vindos à selva…

Para o membro dos Gato Fedorento, Zé Diogo Quintela, os pinguins em geral «são animais muito engraçados, porque fazem-me sempre sorrir por aquela maneira parva de andar». Já os três pinguins do filme «são muito práticos, especialmente a personagem do Tiago que tem muita iniciativa», explicou.
Tiago Dores, o pinguim mais mandão e falador acrescenta que para fazer este papel «pegámos na psicologia dos pinguins, porque nós somos como Russel Crowe, quando estamos a fazer um papel estudamos tudo até ao mais ínfimo pormenor. Por exemplo, o Zé Diogo quase que só diz “ui”, mas quando esse pinguim diz isso é importante saber porque é que ele diz aquilo e nós conseguimos fazer isso muito bem».
Miguel Góis num ataque de modéstia exagerada interrompe para dizer que os pinguins até eram engraçados, mas «a partir do momento em que passaram a ter as nossas vozes ficaram muito chatos».
Quais as diferenças entre os sketches da SIC e esta experiência? Os três respondem: «Na SIC nós decidimos tudo, mandamos naquilo e ninguém levanta ondas. Ainda escrevemos lá para a DreamWorks, para o Steven [Spielberg] a pedir para escrevermos as nossas falas e recebemos um mail dele a dizer coisas que não posso dizer, como “fuck off”, agora temos uma batalha com o Spielberg». Em tom mais sério Zé Diogo Quintela explica que este é um daqueles filmes cujo humor «tem uma parte mais infantil, que as crianças gostam, e outra parte mais sofisticada, com outro nível de leitura que funciona bem para adolescentes e adultos e até velhinhos».

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Os Pinguins
Kowalski (Zé Diogo Quintela). «Sou o operacional. Um pinguim para toda a obra e é o homem de mão do capitão [Tiago Dores].»

Soldado (Miguel Góis). «Faço de um pinguim completamente pateta.»

Capitão (Tiago Dores). «É o gajo que sabe bem o que quer da vida e o grande estratega da fuga do Zoo, é o el capitan daquilo tudo.» Na versão original é um dos realizadores que faz a voz, Tim McGrath.

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O lémur em Ricardo Araújo Pereira

[O RAP faz da personagem calma que aparece do lado direito, ao lado do lémur pequeno e castanho.]

Como foi interpretar um lémur sabichão?
Foi uma experiência fascinante, porque eu faço a dobragem de uma personagem que é um lémur. E o lémur é um animal que é parecido com o macaco, e isso é fascinante para mim, porque me identifico. Por exemplo, o João Braga tem pelos na mão toda até à falangeta e eu acho que o João Braga está muito mais próximo do que nós…

De que forma a experiência na SIC Radical se adequa agora a esta nova experiência de dobragem?
De um modo curioso que é: nenhum. Porque não tem nada a ver uma coisa com a ao outra. Num sítio estamos ali a fazer os nossos textos e a aparecer e aqui estamos só a dar a voz, foi uma coisa engraçada e divertida, apesar de também ser complicada. Nunca tínhamos feito nada semelhante e estar a adequar as nossas palavras ao boneco, foi engraçado estar a falar ao mesmo tempo que um macaco foi divertido.

Houve muitos meios de apoio para estudar a personagem? Ouviu o original?
Não houve nada de especial. Ouvíamos o original e depois dobrávamos, mas foi estranho estar ali sozinhos dentro de uma cabine.

Tentou aproximar-se do original ou dar um tom pessoal?
Tentei aproximar do original, só que é impossível porque eles são muito bons. Se virem isto e depois viram o original vão ver que a minha parte é uma coisa trágica (risos).

Costuma-se dizer que o original costuma ser melhor do que a versão dobrada para português, concorda?
Sim, claro. Mas é muito complicado distinguir porque nós somos portugueses e há essa vantagem… e claro, também somos grandes artistas.

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