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quarta-feira, abril 27, 2005

O que é ser crítico de cinema? 


Último filme visto (hoje de manhã), A Love Song for Bobby Long: soberbo.

A crítica.
Pode ser muitas coisas. Depende do meio de comunicação social para o qual se escreve ou trabalha. Depende também do tipo de comunicação social, rádio, televisão, imprensa, revista... Existem muitas variantes.

Vejo o crítico de duas formas. A primeira é quando ainda não se viu um filme e lê-se a critica. A segunda é quando já se viu o filme e então lemos a crítica. São duas formas distintas de encarar a critica e eu, para ser sincero prefiro a segunda. É que a maior parte dos filmes são mundos a ser descobertos. E eu gosto de descobrir os meus mundos de forma virgem, para não só ser surpreendido como saborear cada um dos pormenores pela primeira vez. Aliás, não é por acaso que gosto de experimentar filmes um pouco ao acaso, e algumas vezes sou surpreendido pela positiva.

Ser crítico, para mim, é parar um pouco e reflectir sobre o que foi visto. Daí a escrita ser o meio priviligiado da escrita. "Parar" é mesmo parar. Fazer uma pausa depois do que vimos e recordar o melhor e pior, bem como alguns pormenores - apesar de nas críticas que se fazem não haver "espaço" de caracteres para grandes pormenores (no meu caso ainda menos espaço, infelizmente). Como é sempre uma observação pessoal, somos guiamos o nosso espirito pelas memórias do que ficou, da história, das personagens e actores. O bom de uma crítica para quem já viu o filme é que permite-nos concordar ou discordar e, além disso, permite recordar pormenores saborosos que adorámos mas que já nem recordávamos (e vice versa relativamente a pormenores que detestámos) e verificar outros pormenores que nem tinhamos notado.

Quando alguns cineastas falam nos críticos - referindo-se áqueles mais ferozes - como realizadores falhados, eu tenho de dizer: concordo em parte. Falo por mim, eu gosto de escrever sobre filmes, e a verdade é que também gostava de participar activamente como já cheguei a fazer em breves experiências de faculdade (em curtas-metragens). A verdade é que a maior parte dos criticos são de facto realizadores frustrados. Mas também é verdade que as opiniões não passam disso mesmo e acabam por ser importantes como meio de recordar, ou eternizar um filme.

Os departamentos de marketing da indústria cinematográfica muitas vezes são exageradas e apenas buscam o comércio. Enquanto as criticas buscam as paixões, os ódios, os comentários...


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