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quinta-feira, dezembro 30, 2004

Fuck Christmas  

diz o legendary Pai Natal, Billy Bob Thornton

O duende de Bad Santa é o mesmo que no filme Tesouro de Natal, com Arnold Schwarznegger.

in Y

Billy Bob Thorton está bem disposto. Tem uns quantos filmes em fila de espera para a estreia, a namorada deu à luz o seu quarto filho e ele aparenta felicidade. Só supomos que o seu anterior casamento com a actriz Angelina Jolie lhe sugou todas as energias porque há uns anos quando conversámos com ele a propósito do filme dos irmãos Coen "The Man Who Wasn't There", Billy Bob não estava, de facto, lá: ausentara-se para um planeta bizarro e maravilhoso, falava abertamente do facto de ele e Jolie terem andado a trocar ampolas de sangue um do outro (hoje, diz que a imprensa exagerou ao falar tanto desse casamento, mas a verdade é que foi ele próprio a atear o fogo, falando do assunto em pormenor). Ou seja, ter estado casado com uma das mais belas e invulgares mulheres do planeta fez com que perdesse o sentido de humor. Felizmente, recuperou-o.

Actualmente, Billy Bob Thornton, 49 anos, natural do Arkansas, trabalha mais do que nunca e aparece mais frequentemente em filmes vocacionados para o êxito comercial. Ganha muito dinheiro, mas ainda sente uma certa responsabilidade e complexos de culpa. "Percebi que tinha coisas para transmitir quando fiz 'Sling Blade' [escreveu o guião, realizou e interpretou a personagem principal, em 1996]. Esse filme tinha uma mensagem que era para mim mais importante do que um qualquer filme de 980 mil dólares. Quando fiz 'Armageddon', pelo contrário, fi-lo pelo dinheiro. Senti-me culpado por isso."

Argumentista, foi co-autor do aclamado "One False Move" [Carl Franklin, 1992], antes de aparecer "Sling Blade". Em parte, a razão para o sucesso de "Sling Blade" (Thornton recebeu um Óscar pelo Melhor Argumento Adaptado e foi a nomeação-surpresa para o Óscar de Melhor Actor), foi o trabalho de "marketing" de Harvey Weinstein, cuja companhia, a Miramax, distribuiu o filme nos EUA. Os métodos de Weinstein, ao longo dos anos, estão longe de serem imaculados, e um recente livro de Peter Biskind, "Down and Dirty Pictures", olhar sobre as grandezas e misérias do cinema independente americano, conta como o produtor tem feito mais inimigos do que amigos, e como costuma armar-se em mandão com realizadores-artistas. No entanto, Harvey encontrou a sua alma gémea em Thornton, que figura no livro como um sobrevivente nato.
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