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sexta-feira, outubro 31, 2008

Gran Torino 


segunda-feira, outubro 27, 2008

Quem quer ser presidente dos Estados Unidos? 





W.


Bush sénior: Who do you think you are... a Kennedy? You're a Bush. Act like one.



Quem é George W. Bush? Depois de quase oito anos de mandato, o filme de Oliver Stone leva-nos de forma menos dura do que noutras ocasiões, pela história peculiar de W. (como o tratam no filme), o filho ex-alcoólico e problemático do senador conservador George Bush.


Pouco inteligente, mas com boa memória, facilmente manipulado e enganado, demasiado impulsivo e fã do álcool e festanças, fanático por basebol (sonha ser jogador) e religioso, bom decorador de textos e brincalhão. Assim se poderia definir a forma como o prestigiado Oliver Stone caracteriza George W. Bush da adolescência à actualidade, no seu novo filme de cariz político W.
Muitos críticos norte-americanos acharam a abordagem de Stone de branda e até favorável e simpática a Bush. O que parece certo é que, de forma subtil q.b., este é um filme sobre uma guerra, a do Iraque (versão do século XXI), e a forma como a ingenuidade constrangedora e falta de perfil de um homem para ser presidente dos EUA permitiram que ela acontecesse. Na verdade, a abordagem de Stone retrata um George W. Bush que até transmite alguma simpatia, não há propriamente a maldade maquiavélica que tantos lhe incutiram, simplesmente não servia para o cargo.

O filme começa na sala Oval, com W. a discutir um plano pós-11 de Setembro orquestrado pelo calculista Dick Cheney (uma interpretação soberba de Richard Dreyfuss) que já incluía o Iraque: pelo petróleo, acima de tudo, “mascarado” com os lemas «liberdade e democracia para salvar os iraquianos».
Segue-se depois um regresso ao passado para contar a forma atabalhoada como W. (como a família o chama) chegou ali, a presidente dos Estados Unidos, e à decisão: a da guerra como Iraque.

De problemático a presidente
Deambulamos entre os problemas de um W. que não consegue manter um emprego por mais simples que seja, que anda sempre bêbado e a ter acidentes onde é salvo pelo pai, até ao mandato como presidente e à forma atabalhoada como decidia o futuro do planeta. Tudo isto nos dá uma perspectiva algo simpática de W. como pessoa, mas péssima como presidente para um país tão poderoso.

O filme resulta quase tanto como drama ou como comédia. A personagem W., interpretada de forma quase perfeita nos tiques, maneirismos, maneira de andar, sotaque e voz por Josh Brolin é uma espécie de Sarah Palin, mas mais velho e menos bonito.

O elenco é de grande nível, o que é uma espada de dois gumes. A maioria dos actores são conhecidos e poderia ser difícil acreditar, assim, nas personagens. George W. Bush (Josh Brolin), Laura Bush (Elizabeth Banks), Bush pai (James Cromwell), Dick Cheney (Richard Dreyfuss), Colin Powell (Jeffrey Wright), Condolezza Rice (Thandie Newton), tornam-se convincentes à medida que o filme avança, não só pela boa caracterização, mas pelas interpretações incisivas e quase perfeitas.

Com uma banda sonora muitas vezes irónica (é inesquecível a parte em que a ideia de W. ir salvar os iraquianos invadindo o país é apimentada com a música de Robin dos Bosques) e um tom quase documental, o filme tem méritos e mensagens, mas fica um pouco aquém do universo mais satírico e crítico que se poderia esperar do melhor de Stone. Ainda assim é uma experiência cinematográfica e histórica bem feita tão curiosa quanto pertinente, com belas interpretações e que, sem dúvida, vale a pena.




Curiosidades
Pappie. É assim que W. chama ao pai Bush sénior incluindo na sala Oval quanto ele já era presidente.
Christian Bale esteve para fazer de W. mas o papel foi para Josh Brolin após a sua actuação em Este País Não é Para Velhos.
Josh Brolin preparou-se para o papel através de muitos vídeos de W. e de telefonemas para hóteis do Texas para captar o sotaque.
Este é o primeiro biópico sobre um presidente norte-americano ainda no activo.

W. tornou-se «um dos piores presidentes dos Estados Unidos», segundo explica o próprio Oliver Stone, que levou o país para uma guerra (a do Iraque) onde foi mais comandado e manipulado do que comandante.


Leitura aconselhada 

O experiente crítico de cinema João Lopes, um dos mais esclarecidos, escreve no Sound + Vision a sua opinião sobre o novo filme W., de Oliver Stone. Já vi o filme e estou de acordo com o que ele diz... especialmente no que diz respeito à forma como muitos não conseguiram perceber porque é que não se destrói e diz mal por dizer de Bush no filme. Basicamente o que Stone fez foi não optar pelo facilitismo e pelo que era óbvio. E fez bem. O melhor é ler:



"Em mais de 30 anos a escrever regularmente sobre filmes, confesso que nunca me habituei a um preconceito de muitos especta-dores/leitores: o de que se escreve (crítica de cinema) à espera de que os outros concordem connosco. Como? Se há valor que decorre da convicção pessoal é esse, muito simples e muito desarmado: os outros são também pessoas de convicções e é raro haver coincidências ou sobreposições de ideias.
Dito isto, há momentos em que chega a ser exasperante observar como algumas pessoas decidem... não pensar! Está a acontecer, agora, com o filme W., de Oliver Stone [cartaz francês]. Assim, por aquilo que vou ouvindo e lendo, percebo que circula uma pergunta: "O filme é a favor ou contra Bush?"
Deixem-se disso, por favor!
Eu considero o filme uma extraordinária peça de cinema [a ele voltaremos] (...)
mais em Sound + Vision

domingo, outubro 26, 2008

lembrar os goonies 

O elenco dos Goonies na maioridade. O protagonista de W., onde interpreta George W. Bush, fazia parte do elenco: Josh Brolin.

O exercício é perceber quem é quem... Não é difícil.


quarta-feira, outubro 22, 2008

Descobertas portuguesas por Hollywood 

Hoje, no programa da TSF Mais Cedo ou Mais Tarde, de João Paulo Meneses, é possível descobrir uma produtora portuguesa de sucesso em Hollywood. A ouvir, sem dúvida:



"15h-16h30: vamos conhecer Joana Vicente, uma portuguesa na indústria do cinema nos Estados Unidos. A Joana já foi nomeada para um óscar de Hollywood com o documentário Enrom. Vamos tentar perceber como é que a Joana chegou ao cinema, qual o seu papel de produtora, os seus projectos e ambição, e a sua ligação ao cinema feito em Portugal. Apesar de um currículo já vasto, a Joana é pouco conhecida em Portugal."

, in Mais Cedo ou Mais Tarde, o blog

quarta-feira, outubro 15, 2008

Desafios cinematográficos 

As Páginas Amarelas têm um desafio curioso para quem gosta de cinema. Segue em baixo informação sobre o assunto. Se tivesse tempo também participava.




Desafio Quentes & Boas
Estamos na recta final e o passatempo organizado pela Páginas Amarelas, e apadrinhado por Fernando Alvim, volta agora as suas atenções para os "Argumentistas".
A melhor ideia de sinopse, guião e descrição de personagens e locais em que a Páginas Amarelas ou os seus produtos sejam protagonistas, é premiada pela marca com um equipamento Samsung i900 Omnia.

Para participar basta que os utilizadores desenvolvam e enviem os seus textos para desafio@quenteseboas.pt/desafioquenteseboas@gmail.com. Podem também debater outros argumentos participantes no Fórum Quentes & Boas em www.quenteseboas.pt. O vencedor final é dado a conhecer no dia 27 de Outubro.
Quanto ao Desafio Quentes & Boas, os 50 vídeos com mais visualizações no website Quentes & Boas e no Youtube serão analisados a partir dessa data. A 11 de Novembro deste ano, dia de S. Martinho, são anunciados os prémios para os três melhores vídeos. Um júri constituído por especialistas em imagem e criatividade premeia as melhores "películas" com 15.000€, 10.000€ e 5.000€.



sábado, outubro 11, 2008

O discurso da sinceridade :: Talk Radio 

Um dos momentos de um filme que mais me impressionou, tocou, abanou e entusiasmou é este, que revi há dias graças ao blogue do Nande e não consegui resistir a colocá-lo aqui:



Barry: I should hang; I'm a hypocrite. I ask for sincerity and I lie. I denounce the system as I embrace it. I want money and power and prestige: I want ratings and success. And I don't give a damn about you, or the world. That's the truth: for that I could say I'm sorry, but I won't. Why should I? I mean who the hell are you anyways you... audience! You're on me every night like a pack of wolves because you can't stand facing what you are and what you've made! Yes the world is a terrible place, yes cancer and garbage disposals will get you. Yes the war is coming, yes the world is shot to hell and you're all goners! Everything is screwed up and you like it that way don't you!






Talk Radio, Oliver Stone, protagonizado pelo incrível Eric Bogosian.


AS FRASES

Barry: Sticks and stones can break your bones but words cause permanent damage!



Barry: There's nothing more boring than people who love you.



Barry: Barry Champlain is a nice place to visit but I wouldn't want to live there.



Barry: This country is in deep trouble people! This country is rotten to the core and somebody better do something about it! Now I want you to take your hand out of that bowl of Freedo's, throw away your National Enquirer, and pick up the phone!


Barry: Tell me something I-I'm curious. How do you dial a phone with a straitjacket on?



Barry: I'm not afraid, see? I come in every night, I make my case, I say what I believe in! I tell you what you are, I have to I have no choice! You frighten me! I come in every night, I tear it to you, I abuse you, I insult you, you just keep coming back for more. What's wrong with you? Why do you keep calling? I don't want to hear anymore, STOP TALKING! GO AWAY! [echoes 'Away']

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