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quinta-feira, junho 09, 2005

Jack e Rose 



A Balada de Jack e Rose. Filme visto nesta manhã de folga. (ver ficha do IMDB aqui)
Ao ir-se para um filme sem qualquer tipo de expectativa torna-se mais fácil apreciá-lo e gostar dele, que mais não seja por nos poder surpreender. Com pequenos traços semelhantes ao filme Uma Canção de Amor, com Travolta e Scarlett Johansson, esta é a história de um pai que vive isolado com a sua filha numa ilha remota nos Estados Unidos. Na época de 60 e 70 eram muitos os grupos de pessoas, alguns hippies, outros nem tanto, que se quiseram distanciar da sociedade de consumo, de todas as hipocrisias e desvantagens morais que ela pudesse ter. Por isso criaram comunidades onde não havia propriedade, e se plantava para comer. Existiram várias comunidades nesses tempos que viviam, assim, isoladas e com um conceito de vida diferente.

O que se passaria com uma dessas comunidades, nos tempos actuais, hoje? Como estaria uma comunidade isolada que pudesse ter sobrevivido até agora?
Talvez seja essa uma das premissas e pontos de partida principais do filme. Acompanhamos aqui a história de Jack, o pai, que viveu com uma comunidade alegre e que se propôs criar um tipo de vida diferente da sociedade de consumo. Mas acompanhamos Jack nesta ilha isolada já sem outros companheiros da comunidade, nem mesmo a mãe da filha que fugiu. Acompanhamos Jack, já com problemas de saúde e com a sua filha, a entrar na adolescência, Rose.
Rose é uma criatura tão inocente quanto apaixonado pelo pai. São unha e carne. Fazem a sua comida. Brincam. Divertem-se com as coisas mais simples e com a imensidão do campo. Mas nem tudo corre bem quando o pai faz a experiência de trazer pessoas novas para o seu círculo intimo com a filha. Entre experiências, ciúmes e interesseirismos o filme chega a uma conclusão curiosa e actual.

Destaque também para a banda sonora que é composta, na maioria, por temas de Bob Dylan - algo que assenta muito bem no filme dando-lhe maior espiritualidade e consistência. Daniel Day Lewis é Jack. Aparece aqui bem diferente do imponente senhor do Bairro em, Gangs de Nova Iorque, muito magro. Existem depois actores conhecidos e interessantes, mas destaco a participação da desconhecida que faz de Rose, Camilla Belle, pareceu-me muito sólida no papel. Gostei.

Realizadora e argumentista: Rebecca Miller
Elenco:
Daniel Day-Lewis.... Jack Slavin
Camilla Belle.... Rose Slavin
Catherine Keener.... Kathleen
Paul Dano.... Thaddius
Ryan McDonald.... Rodney
Jena Malone.... Red Berry
Beau Bridges.... Marty Rance
Jason Lee.... Gray

Aqui ficam alguns adoçantes para um filme muito agradável.
Classif: 3.5

Sinopse:
Jack (Daniel Day-Lewis) lives on the site of his abandoned island commune with his 16-year-old daughter Rose (Camilla Belle). Jack has sheltered Rose from the influences of the outside world, but now Rose's emerging womanhood poses troubling questions about the days ahead. A man who has lived a life motivated by environmentalism and other altruistic causes, Jack now rages at those who do not share his concerns, like developer Marty Rance (Beau Bridges), who is building a housing tract on the edge of his property. When Jack invites his girlfriend Kathleen (Catherine Keener) and her sons Rodney (Ryan McDonald) and Thaddius (Paul Dano) to live with them, Rose feels betrayed and the situation quickly becomes precarious. Rose acts out wildly, creating chaos. As everything flies out of control, Jack finds himself trapped in an impossible place and is forced to take action.

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