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domingo, junho 12, 2005

Filmes de Verão 


Scarlett Johansson e Ewan McGregor protagonizam o novo filme de Michael Bay, The Island. É dos menos falados até ao momento. Deixo aqui um artigo do Y, sobre estes filmes de Verão.

A guerra deste verão
A "Guerra das Estrelas - A Vingança dos Sith" abriu a "saison" e marcou o compasso para o resto da temporada: o filme de Lucas lançou foguetes, mas nos próximos meses haverá tempo para muito mais cinema antes de se começarem a apanhar as canas... Não será um daqueles verões entediantes, em que se lamenta não haver nada para ver. Há ficção científica a rodos, dramas familiares, filmes de época, reposições de êxitos televisivos, extravagâncias visuais, comédias românticas e acção explosiva. Muitos, muitos foguetes.

Funciona sempre da mesma maneira - na política, nos casinos, no desporto, na bolsa...: chega sempre o momento de jogar a cartada mais alta. No caso, todos os grandes estúdios e produtores despacham os seus trunfos e ases. Nada de extraordinário, portanto, que se comecem agora a suceder as estreias dos filmes mais publicitados do ano, "blockbusters" antecipados pela voragem da crítica e pela ansiedade dos fãs.

Steven Spielberg e a Paramount/Dreamworks jogam tudo em "A Guerra dos Mundos", super-produção que reconstitui no tempo presente o romance de H. G. Wells - não muitas vezes adaptado ao cinema, mas muitas vezes servindo de inspiração ao cinema -, com Tom Cruise a personificar o herói perdido numa comunidade suburbana de New Jersey. A Universal/Miramax recupera a colaboração entre o realizador Ron Howard e o actor Russel Crowe, em "Cinderella Man", a verdadeira história americana que ameaça voltar a tomar de assalto os Óscares. A Fox aproveita o "voyeurismo" do público sobre o suposto "affair" entre Brad Pitt e Angelina Jolie para promover "Mr. and Mrs. Smith". A Warner Bros. regressa ao lado obscuro e revoltado de Batman, apresentando na "prequela" "Batman Begins" o nascimento do herói. E a Plan B, produtora do antigo casal Brad Pitt/Jennifer Aniston, estreia-se no mercado com "Charlie and the Chocolate Factory", a última ópera cinematográfica da autoria de Tim Burton.

Um fenómeno "atípico" marca, contudo, a época das grandes estreias. Como de costume, há grandes orçamentos, realizadores consagrados, as maiores estrelas do momento e imensa - mas imensa - publicidade. Só que desta vez não há "novidade": há "remakes", readaptações, reposições e, como é agora moda, "prequelas" (aqueles filmes que terminam no princípio de outros filmes que já vimos). Claro que há talento, mestria. A repetição de fórmulas, histórias, personagens consagradas com êxito não é garantia de sucesso. Há efeitos espectaculares. Dramas íntimos e comoventes. Cenários épicos. Momentos emocinantes. Mas quem nunca ouviu falar em Batman? Ou na "Guerra dos Mundos"? E quem não se lembra dos "Três Duques"? Da simpática bruxinha disfarçada em dona-de-casa suburbana? Da "Pantera Cor-de-Rosa"?

O filme "A Ilha", de Michael Bay, é provavelmente a excepção que confirma a regra. A história, adaptada do romance futurístico do britânico Caspian Tredwell-Owen, é desconhecida do público. As personagens principais, dois clones em fuga para evitar a utilização dos seus órgãos, não "saltaram" de nenhum filme anterior, nem "viajaram" da televisão para o cinema.


Também há "The Brothers Grimm", o último projecto de Terry Gillian, finalmente pronto para distribuição depois de 18 meses de espera ­- e logo, impróprio para figurar com a categoria de "novidade". O filme chegou a estar ameaçado, primeiro por um atraso de cinco meses nas rodagens na República Checa, e depois pelas complicações do divórcio entre a Disney e a Miramax. Mas sobreviveu. É a história medieval, de dois romeiros (Matt Damon e Heath Ledger) que oferecem os seus serviços de exorcistas nas aldeias que visitam.

ver o artigo completo da correspondente nos Estados Unidos do Público, Rita Siza, que saiu esta semana no Y (Cinecartaz).


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